Desde as grandes revoluções industriais, a nossa sociedade passou por diversas transformações. De lá para cá, entretanto, o modelo educacional sofreu poucas mudanças, permanecendo com a mesma estrutura.
Independentemente das ferramentas e recursos pedagógicos existentes, ainda se vê uma carência do uso de tecnologia nas escolas. O cenário, no entanto, parece estar mudando após a pandemia da Covid-19. Isso porque as instituições de ensino se viram obrigação de utilizar aparatos tecnológicos para contornar os problemas.
Para Nilton Sagrilo, CEO da Gama Ensino, o modelo educacional enraizado no Brasil tem um grande erro. Ao tratar todos os alunos da mesma forma, as instituições de ensino não respeitam as suas individualidades.
“O setor educacional, independentemente se é na aula on-line ou presencial, na apostila ou tablet, os conteúdos são entregues de forma padrão e massificada. Se um aluno possui mais dificuldades em matemática do que em português, e outro possui mais problemas em português do que em matemática, ambos os estudantes são expostos aos mesmos conteúdos e com a mesma distribuição de tempo para aprendê-los”, explica.
Inovação no modelo educacional que vem dando resultados
Enxergando a lacuna existente entre o que a tecnologia pode propiciar e o que de fato é utilizado na educação, Nilton criou a Gama Ensino, em Vitória. O CEO da edtech capixaba destaca que a educação, atualmente, é caracterizada por instituições de ensino, sistemas e plataformas que, em sua maioria, possuem como atividade principal a produção e venda de aulas, videoaulas, apostilas e livros.
“Estamos chegando em um platô. Torna-se cada vez mais difícil para uma instituição se diferenciar ou melhorar os resultados de seus alunos somente pela qualidade e quantidade dos seus conteúdos”.
Atualmente, a Gama opera no setor de pré-vestibular, com o método de adaptive learning, que consiste em moldar o ensino às necessidades dos alunos. A edtech capixaba possui mais de 50% dos seus alunos aprovados em vestibulares de medicina e faturamento crescente antes e durante a pandemia.
“A Gama é pioneira no Brasil na construção de uma tecnologia proprietária de adaptive learning. Isso permite, não só a nós, mas também a outras instituições de ensino, a distribuir os seus conteúdos de forma personalizada aos alunos. Dessa forma, respeitamos as suas particularidades e individualidades”, explica o CEO da Gama.
O sucesso da edtech capixaba chamou a atenção da SMU, crowndfunding paulista, que em apenas cinco dias captou mais de 180 mil reais para a empresa.
“O grande potencial de replicabilidade da tecnologia da startup para outras área da educação, como concursos, OAB, residência médica, EaD, educação básica etc., foi o que mais achou a atenção da plataforma e dos atuais investidores”, finaliza.
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