O isolamento social é uma medida orientada pelos órgãos de saúde para evitar a propagação do novo coronavírus, responsável pela Covid-19. A privação da liberdade tem gerado problemas à saúde mental das pessoas. No caso dos estudantes, além de se virem obrigados a se adaptar a um novo modelo de ensino de forma abrupta, existe uma maior dificuldade de concentração nos estudos. No entanto, há formas de amenizar essas consequências negativas causadas pelo distanciamento social na vida acadêmica dos estudantes. A prática de atividades físicas é uma delas.
De acordo com o psicólogo Lucas Có Barros Duarte, realizar atividades físicas nos intervalos dos estudos ajuda a liberar hormônios que causam sensações positivas e ajudam na performance da memória.
“Evitar ficar muito tempo estudando sem fazer uma pausa. O nosso cérebro funciona bem, mas chega um momento que ele se desgasta, então ele precisa de descanso. Por isso é importante fazer uma pausa, dar uma respirada, e inserir nessas pausas algumas atividades físicas, como alongamento, um exercício aeróbico. Isso faz melhorar o seu estado orgânico e libera hormônios que vão trazer sensações mais benéficas e vão melhorar o desempenho da memória”.
Duarte explica como que as crises de ansiedade e estresse acarretadas pelas medidas de distanciamento social diminuem a capacidade de concentração de qualquer pessoa, principalmente dos estudantes, que precisam do máximo de atenção para conseguir absorver os conteúdos passados pelos professores.
“Uma pessoa que se encontra ansiosa, com um nível de estresse elevado, tem uma capacidade de concentração e de manutenção da atenção limitada. O desgaste físico e mental prejudica bastante o desempenho da pessoa em qualquer tarefa que ela vai realizar. Seja atividades diárias, como cozinhar ou cuidar da casa, até mesmo atividades mais complexas, de contexto laboral. Tudo isso é afetado por esse estado de estresse e por esses sintomas ansiosos e depressivos que se encontram aumentados no cenário de isolamento social”
O psicólogo revela que estudos realizados ao longo dos últimos anos dão indícios de que a prática de atividades físicas auxilia na prevenção do adoecimento mental.
“Nos últimos anos há vários estudos desenvolvidos em relação a essa temática, do impacto dos exercícios físicos na saúde mental. E muitos deles, apesar de não ser um consenso, apontam para os benefícios no sentido de que pessoas sedentárias têm uma predisposição muito maior a adoecer psicologicamente, desenvolver um quadro de transtorno mental. O exercício físico regular contribui como um aliado nessa prevenção do adoecimento mental”.
Pauta sugerida por João Otávio Vieira Carvalho Almeida, graduando em psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
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De fato, quando faço exercício para que fico mais animado e menos ansioso, porém quanto ao estresse, não vejo tanta mudança!