Como as novas formas de trabalho podem moldar a educação no futuro?

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O mundo mudou. É redundante falar que estamos mudando a todo momento. Mas quando falamos das formas como nos relacionamos com o trabalho e nas formas de produzir, estamos em profunda transformação. Esse movimento deve acelerar na próxima década.

O mundo se desenvolveu em um sistema que premiou e valorizou as empresas que tinham maior controle. Empresas que, a partir de um sistema estável, faziam hoje melhor do que ontem, e amanhã melhor do que hoje. Sistema esse que punia o erro e que tentava sempre minimizá-los.

De repente tudo mudou. E foi de repente mesmo. O advento da internet no início do século democratizou o acesso à informação e a tecnologia abriu as portas de um novo mundo. Dessa maneira, os muros e as barreiras de entrada são infinitamente mais baixos, e a inovação acontece de forma acelerada a todo momento e em todo lugar.

De acordo com Pedro Englert, CEO da Startse, as principais mudanças são: redução do custo de tecnologia e distribuição, fim das barreiras geográficas, aumento exponencial da concorrência, e, o principal, a transição do poder da informação ao cliente, que assumiu todo o protagonismo da relação comercial.

Portanto, toda essa mudança nos levou a uma nova economia de consumo, a novas tecnologias e a um novo jeito de gerenciar. Se não somos mais previsíveis, do que vale o controle?

O problema que a nossa educação básica e superior não acompanharam esse novo mundo. Ainda trabalhamos para punir o erro e premiar o óbvio. Sendo assim, o nosso sistema de ensino e avaliações valorizam quem erra menos. Tentou algo que não era esperado? Nota 5 (ou zero) para você! 

Acontece que a capacidade de se adaptar virou protagonista nesse novo mundo. E no centro de um processo de adaptação está a capacidade de errar (rápido) e corrigir rápido. Hoje punimos esse processo. 

O maior desafio do sistema educacional atual, tanto o básico quanto o superior, é promover nos nossos alunos uma cultura de mudança. Mas para isso precisamos desapegar do passado e ter coragem para avançar em direção ao futuro. 

Nossa força de trabalho tem que aprender e se desenvolver dentro das organizações e ao longo da sua carreira. Isso, no entanto, leva tempo e não é produtivo. 

A falta do controle de outrora nos tira a previsibilidade e a falta dela assusta, mas se estamos falando de um modelo onde errar faz parte do processo, que tal arriscarmos algo novo? Precisamos apenas estarmos preparados para errar (rápido) e corrigir rápido e, dessa forma, liderar para um futuro melhor. 

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