Futuro do ensino: flexibilidade, poder de escolha e tempo otimizado

Unique
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Um curso como o de pós-graduação tem sua estrutura criada por quem é apaixonado pela área, pensando em conteúdo. É um viés de pensamento em que o foco não é exatamente o interesse dos alunos. “Percebíamos que havia uma grande distância entre os dois pontos de vista”, conta Carlos Eduardo Ribeiro Leite, Gerente de Negócios de Educação do Sistema Fiep. Na liderança da pós-graduação Unique, ligada ao sistema Fiep, essa percepção levou à inovação. Após conhecer o sistema modular proposto pela Blox, a diretoria lançou o projeto-piloto em setembro de 2019 na unidade de Curitiba.

Os 40 estudantes matriculados naquele começo puderam personalizar sua grade curricular e decidir que conteúdos fariam parte de seu currículo. Hoje são mais de 900 alunos da Unique por todo o Brasil com acesso à plataforma.

De acordo com Leite, o público de pós-graduação é maduro, tem experiência de mercado e sabe o que quer. Dar a ele flexibilidade, poder de escolha e otimizar seu tempo parecia uma demanda cada vez mais urgente. “O ensino modular é uma estratégia para garantir a personalização da formação do aluno a partir da flexibilidade de conteúdo.”

Ao longo de um ano, o pensamento só se comprovou positivo à instituição. O ponto de equilíbrio foi alcançado no 18º aluno – bem rápido. É o que Leite chama de “grande pulo do gato” do sistema modular. “Cada instituição deve avaliar sua grade para garantir o break even. Portanto, a partir desse momento, com um determinado número de alunos, o corpo docente está pago. Não nos preocupa se um módulo terá apenas um aluno”, diz ele, satisfeito com a escolha.

O desafio de romper uma cultura

Na apresentação inicial do modelo inovador, as dúvidas se baseavam na comparação com o sistema tradicional de ensino. “Foi preciso, na época, definir o que chamamos de trilha sugerida, a fim de garantir que os conteúdos da grade curricular seriam suficientes e que além disso, seria possível estudar outras disciplinas”, conta Leite.

Na prática, isso significa que os 30 módulos que o aluno precisa cursar para ter seu diploma se somariam a outras diversas possibilidades de conteúdos que fossem oferecidos na plataforma. No caso da Unique, há 236 disciplinas em oferta, ou seja, a formação ganharia muito em qualidade.

“O desafio foi abrir a visão dos docentes para o fato de que agora estamos trabalhando não com a escolha do título de formação, mas com microformações que são importantes e também habilitam o estudante, mas por outro caminho”, explica Leite.

Implantar uma inovação não é um processo rápido, segundo Leite. “Vencemos à medida em que o aluno escolhe e faz seu currículo. Mas sabemos que as regras são do mercado e quando você se adapta, as coisas fluem. É preciso provar que é possível também por esse outro caminho”.

A Unique conseguiu quebrar o paradigma de que o caminho na educação deve ser linear. “Tivemos de apresentar uma matriz do curso, mas ainda existe uma cultura de fechar o curso pela matriz”, conta.

Unique + Blox = sucesso em um ano

Em apenas um ano, o projeto ganhou escala nacional. A Unique implantou o sistema modular em um total de 11 unidades pelo país e pretende ampliar a quantidade. Os números indicam que a demanda pela inovação só tende a crescer.

Entre os 900 alunos dentro da Plataforma Blox, divididos em sete cursos, foram construídas 687 grades personalizadas, mostrando de fato que os alunos possuem necessidades únicas.

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