Se a forma de se informar e de se comunicar mudou com a transformação tecnológica, a educação básica também precisa se transformar. Dessa forma, para acompanhar a rápida evolução da sociedade, em função dos avanços tecnológicos, as instituições educacionais também tiveram que se reinventar quebrando paradigmas e investindo em novas formas de ensinar. O ensino bilíngue é uma dessas formas.
No Brasil, cada vez mais cresce o número de instituições que oferecem o ensino bilíngue. Esse modelo é caracterizado por um currículo em que os dois idiomas são utilizados como meio de instrução. Mas, afinal, quais as vantagens do ensino em dois idiomas para crianças e adolescentes?
“Não se trata de dominar uma segunda língua, mas sim de aprender a pensar em dois idiomas de forma natural. Estudos têm comprovado que a educação bilíngue propicia o desenvolvimento de muitas habilidades, dentre elas o pensamento criativo, a consciência sobre as propriedades estruturais da língua que amplia as possibilidades de significação do mundo”, explica Camila Rivetti, coordenadora da Escola Fernão Gaivota – Maple Bear Alphaville, instituição localizada em São Paulo.
De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi), desde 2014 o mercado teve um aumento de 10% e movimenta cerca de 250 milhões de reais atualmente. Segundo a Organização das Escolas Bilíngues de São Paulo, somente no estado, o número de estudantes desse perfil de instituição saltou de 2.800 para 4.600 em cinco anos.
Educação Canadense
Desde 1970, a educação no Canadá é oficialmente bilíngue (inglês e francês). Além de referência mundial em educação bilíngue, o Canadá vem se destacando consistentemente no PISA, programa internacional que produz indicadores sobre a efetividade do ensino nas áreas de matemática, leitura e ciências. Nesse ranking trienal, realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com a participação de 76 países e divulgado pela última vez em 2019, o Canadá despontou nas primeiras posições. O Brasil, no entanto, ocupa a 60ª posição.
O programa Maple Bear no Brasil foi desenvolvido por especialistas canadenses e brasileiros. Ele respeita todas as exigências do Ministério da Educação (MEC), bem como incorporando a experiência de sucesso das escolas canadenses. Anualmente os especialistas canadenses conduzem um rigoroso programa de formação do corpo docente, acompanhamento acadêmico e certificação de qualidade.
Ensino bilíngue a partir da educação infantil
Desde a educação infantil (a partir de 2 anos), a metodologia Maple Bear valoriza o aprendizado produzido diretamente pela vivência dos alunos, priorizando as descobertas individuais e a experimentação. “O período que a criança está na sala de aula é um momento de imersão total. A comunicação, portanto, é feita exclusivamente em inglês”, explica Camila Rivetti.
O ambiente escolar oferece situações de uso real da leitura e da escrita, como, por exemplo:
- Leitura das regras de um jogo;
- Produção de convites para eventos escolares;
- Produção de bilhetes aos pais;
- Acompanhamento dos horários das atividades.
Para o sucesso do programa, a rotina diária contempla situações didáticas de reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, bem como de apropriação da linguagem.
Trabalhando com dois idiomas
No ensino bilíngue, parte das disciplinas são em inglês. Na escola Fernão Gaivota – Maple Bear Alphaville, por exemplo, no ensino fundamental, as crianças desenvolvem todas as competências de comunicação nos dois idiomas.
As disciplinas Língua Inglesa (English Language Arts), Matemática, Ciências e Educação Física acontecem integralmente em inglês. Entretanto, a Língua Portuguesa, Música, Geografia e História em português.
Ao completarem o 9° ano, todos os alunos são certificados pelo exame do TOEFL Junior®, métrica de proficiência em inglês e de padrão internacional do ensino do idioma. O TOEFL Junior® é o irmão mais novo do TOEFL iBT®, consagrado exame utilizado por universidades americanas e demais países de língua inglesa.
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