Há grandes chances de seu contato com a tecnologia ter se intensificado consideravelmente nos últimos meses, devido às mudanças de hábitos geradas com a pandemia da Covid-19. Até pouco tempo atrás, as pessoas usavam o computador com menor frequência em casa em âmbito pessoal, pois os smartphones faziam com que a utilização do PC fosse preterida no ambiente doméstico. Mas a prática acentuada de home office e as aulas em casa alteraram essa dinâmica e impactaram o mercado de computadores.
Em 2011, auge do segmento, mais de 360 milhões de unidades foram vendidas em todo mundo. Desde então, o número reduziu consideravelmente. Chegou a 260 milhões de unidades em 2016 e se manteve nessa faixa até 2019. A queda foi ainda maior no mercado brasileiro. Entre 2011 e 2016, o número de computadores vendidos no país caiu cerca de 70%.
No entanto, a recente aceleração na adoção de tecnologias traz novo significado de uso ao equipamento. O computador deixa de ser apenas conveniente para se tornar essencial na vida das pessoas. O mercado então reage e se recupera de forma consistente. As vendas aumentaram muito em 2020, e tudo indica que 2021 também será um ano de muito crescimento. A expectativa é que mais de 357 milhões de computadores sejam vendidos globalmente, voltando ao pico de 2011.
O computador volta a ter uma característica pessoal
O PC, “Personal Computer“, volta a ser pessoal. Antes da pandemia, o consumidor possuía um equipamento na residência para uso compartilhado de todos os membros da família. Com as pessoas estudando e trabalhando em casa, o aparelho convergiu atividades simultâneas.
Como ferramenta profissional, educacional, de comunicação e entretenimento, o computador tornou-se indispensável e individualizado em tempos de distanciamento social e funções remotas. Foi necessário, portanto, ter mais de um dispositivo em casa, em decorrência da mudança de necessidades.
Por essa razão, a procura por computadores aumentou significativamente. E tudo leva a crer que essa demanda veio para ficar, pois fica cada vez mais claro que, no cenário pós-pandêmico, prevalecerá o formato híbrido de trabalhar e estudar com necessidade de um PC conectado à internet.
O trabalho não volta a ser totalmente presencial e o notebook torna-se ferramenta indispensável. Os mais jovens também já deixaram claro que requerem estrutura de qualidade nas aulas. Isso envolve o acesso a conferências com professores, realização de provas de maneira totalmente digital e maior acesso a material multimídia.
Além disso, há a disseminação da telemedicina, prática em que computadores são mais oportunos para efetividade de consultas on-line, análises de dados e monitoramento de pacientes. Portanto, acreditamos que o retorno do uso pessoal do computador seja um movimento secular, prolongado, em que a multifuncionalidade do equipamento para atender aos novos hábitos de consumo continue imprescindível também após a pandemia.
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*artigo escrito por Hélio Rotenberg, fundador e presidente da Positivo Tecnologia.