As plataformas de ensino ganharam mais força e estão formando um ecossistema empresarial forte. Isso, no entanto, parece óbvio quando se considera que a pandemia trouxe o aprendizado remoto como sistema educacional capaz de evitar a proliferação do coronavírus e possibilitar que os alunos cumpram o isolamento social, ficando em casa.
Mas esse processo de ensino a distância (EAD) vem crescendo influenciado por outros fatores que não a pandemia. Isso porque novas empresas voltadas para a disseminação do conhecimento têm o mesmo objetivo: a democratização da educação de qualidade. Essas companhias – ou startups – criaram métodos e caminhos para atender aos estudantes de diversas formas e aumentar o acesso ao estudo.
O hub de inovação “Distrito” publicou o resultado de um levantamento, mostrando que as startups brasileiras receberam R$ 2,3 bilhões em investimentos somente nos primeiros cinco meses do ano. Isso equivale a um aporte de 70% a mais se comparado ao que foi investido nessas empresas em todo o ano passado.
Mas o que são edtechs?
As startups educacionais estão reinventando o jeito de ensinar, utilizando elementos lúdicos para transmitir o conhecimento. Chamadas de edtechs, são empresas que desenvolvem soluções tecnológicas para a oferta de serviços relacionados à educação. Algumas atuam com conteúdos de formação do ensino básico e médio. Enquanto outras com matérias de preparação para concursos. Há também aquelas que dão suporte à formação no ensino superior.
O mercado de startups educacionais é um lugar sem fronteiras, mas que tem perspectivas de crescimento ascendente. Essas empresas tendem a ter um futuro garantido se continuarem com características essenciais: serem inovadoras na forma de transmitir o conteúdo ao seu público e na maneira de gerir o negócio e atrair mais investimentos que alimentem esse ciclo virtuoso.
As edtechs têm como pilar equipes em constante capacitação. Ou seja, são profissionais que atualmente aliam excelente formação e atualização na área em que dão aulas, com grande conhecimento em tecnologia para programação e transmissão de conteúdos. Geralmente são jovens que se alinham com um modo de vida mais descontraído, o que os aproximam dos estudantes.
Os empresários Paulo Monteiro e Michel Nigri ainda estavam na faculdade quando decidiram montar uma plataforma de estudos, que era chamada de Ninja das Dúvidas, e se transformou em uma das maiores plataformas on-line de ensino em exatas: o Responde Aí.
À época, ambos viam nos colegas as dúvidas que os afligiam e como o estudar nem sempre trazia os resultados esperados. Já no início da plataforma, em 2013, eles reconheciam que o ensino iria mudar. “O aprendizado remoto será a principal maneira para alunos estarem na faculdade”, vislumbrou Paulo Monteiro.
O Responde Aí é uma das mais completas plataformas de ensino on-line para universitários de exatas atualmente. Conta com resumos, videoaulas, aulões e exercícios resolvidos de matérias como cálculo e física, além de possuir um aplicativo para celular. O que ajuda os alunos a encararem as matérias de exatas com um suporte maior e a não se assustarem tanto com disciplinas que envolvem integrais, por exemplo.
Aprendizado remoto e o futuro das edtechs
As startups cresceram 23% nos últimos dois anos, segundo o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) e a Associação Brasileira de Startups (ABStartups).
Assim como a Responde Aí, quem vem aumentando o número de alunos associados mês a mês, as startups apresentam grandes chances de se tornarem a primeira via de ensino em um futuro próximo. O desafio, portanto, é a manutenção da qualidade em conteúdos disponibilizados e nos membros das equipes de professores e monitores. A linha de frente de atendimento ao usuário dessas plataformas vai contar muitos pontos.
As diretrizes de marketing também são fundamentais para a captação de novos alunos e o planejamento estratégico tende a apontar para onde crescer. Mas algo que já é possível afirmar é que o ensino remoto veio para ficar.
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