Será um grande desafio para o gestor público da área educacional planejar os investimentos necessários para a educação dentro deste exercício de 2021. Pois sem uma definição concreta quanto ao retorno das aulas totalmente presenciais e com o formato on-line – utilizado desde o início da pandemia até os dias atuais -, a gestão pública teve gastos reduzidos no setor da educação. Tal economicidade deu-se devido aos gastos fixos que foram minimizados com o fechamento das escolas, além da ausência de novos investimentos. Tudo isso devido à incerteza da denominada “retomada”.
Essa situação atípica requer maior habilidade do gestor público quando se fala em planejar os investimentos mínimos destinados ao cumprimento do disposto constitucional para a área da educação: o chamado “25% dos recursos”.
Para municípios maiores, o desafio torna-se ainda maior. Isso porque, de acordo com pesquisa realizada pela Prefeitura Municipal de Curitiba STN/Siconfi, cidades com até 10 mil habitantes tiveram os menores investimentos em educação neste primeiro exercício de 2021 se compararmos com o mesmo período de 2020.
Corroborando o tema, a Nova Lei de Licitações – Lei nº 14.133/2021, de 1º de abril de 2021 – acrescenta o Princípio do Planejamento como dispositivo a ser observado para contratações públicas. Sendo assim, diante desse cenário de incertezas e necessidade de investimentos, está nas mãos dos gestores realizar aquisições que sejam condizentes com essa situação.
Percebe-se, então, uma grande procura por projetos que atendam a ambos os modelos de interação aluno x escola. Desse modo, soluções de tecnologias educacionais estão cada vez mais presentes no planejamento dos gestores da educação pública para este segundo semestre.
Investimentos em educação: soluções tecnológicas
Aprendemos com a pandemia que a tecnologia voltada à educação poderá aproximar os alunos de suas escolas e não apenas isso. A distância de “mundo” não está mais limitada, não se pode perder esse aprendizado, nem mesmo retroagir. Portanto, prefeituras que ainda não estão preparadas para esse formato certamente precisarão estruturar-se o mais rápido possível.
Em outra vertente, é notória a disparidade causada pelo período de pandemia na educação dos alunos. Poucos com acesso a computadores, tablets ou celulares. Além disso, menor ainda o número de alunos com acesso à internet ou mesmo que puderam contar com seus pais para apoio ao conteúdo disponibilizado pelas escolas.
Todos esses acontecimentos resultaram em maior confiança pela população no trabalho da Administração Pública, que espera ansiosamente por respostas para este futuro incerto. O gestor tem como melhor opção de investimento a tecnologia voltada à educação, de forma a atender a essa necessidade.
Está nas mãos do gestor público planejar, concretizar e propiciar aos alunos da rede pública a equidade na educação.
Veja mais conteúdos sobre educação e tecnologia no EducaTech.
*artigo escrito por Elianay S. Monte Carmelo. Gestora comercial e administradora de vendas públicas do Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação.