Hoje (28) é celebrado o Dia da Educação. É uma data que merece ser festejada, mas estamos diante de grandes desafios para o setor no Brasil. Em especial quando parte para a esfera do investimento em ciência e pesquisa. Em âmbito global, de acordo com dados de uma pesquisa da Unesco, a valorização do saber científico ainda é desigual no mundo.
Mais de 60% dessa produção e pesquisa está concentrada na China e nos EUA. Mas em paralelo, quatro a cada cinco países destinam menos de 1% do PIB para investimentos em ciência e pesquisa.
No Brasil, essa porcentagem é de 1,26%, contra 1,79% da média mundial. De acordo com levantamento do Ipea, o Governo Federal investiu em ciência e tecnologia, em 2020, menos recursos do que o montante aplicado em 2019 – R$ 17,2 milhões contra R$ 19 bilhões.
Previsão de investimento em ciência e pesquisa em 2022
Em 2022 já tivemos uma notícia boa. Em março, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou que o governo vai destinar quase R$ 1 bilhão em recursos para o desenvolvimento de pesquisas, pagamento de bolsas e demais ações em favor da ciência.
A pandemia foi uma grande mola propulsora para investimento em ciência e pesquisa. A necessidade de encontrar opções rápidas para tentar barrar a ferocidade da Covid-19 logo nos primeiros meses fez muitos países injetarem dinheiro nesse meio. Mas ainda não foi o ideal para diminuir essas diferenças.
Algumas empresas nasceram dentro do berço da pesquisa científica, em ambiente universitário, com incentivo de entidades fomentadoras do saber científico. A Nanox tecnologia é uma dessas companhias.
Além de todo o trabalho feito, um dos intuitos da empresa é incentivar cada vez mais o fortalecimento do universo da pesquisa. Ademais, trazer os jovens alunos para atuar lá dentro, preparando-os para se tornarem profissionais com o olhar voltado para a pesquisa.
Em virtude dos laços que a empresa criou com o ambiente acadêmico, a Nanox avançou no desenvolvimento da tecnologia de prata. Dessa forma ela ganhou protagonismo no combate à contaminação da Covid-19.
Esse é apenas um dos exemplos que o investimento em ciência e pesquisa proporcionou. Isso porque o Brasil ainda precisa caminhar a passos largos para criar bases sólidas para o ensino público do básico ao superior. Mas também pode colher frutos maduros se olhar com mais carinho para a ciência.
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*artigo escrito por Daniel Minozzi. Químico, mestre em ciências de materias pela Unesp e Fundador e Diretor da Nanox.