O projeto Respeito às Diferenças chegou em Vila Velha na última semana, com uma oficina pedagógica para professores de escolas públicas da cidade. A iniciativa é um projeto educacional que busca desenvolver as habilidades de leitura, escrita e ilustração de alunos do Ensino Fundamental I de escolas públicas. Tudo isso seguindo as competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ao mesmo tempo que propõe a reflexão sobre diversidade e o gênero literário cartas.
“A oficina pedagógica com professores é o primeiro passo do projeto. Isso porque, com os 12 educadores presentes da oficina foi possível reforçar a importância do resgate e da magia que é contar histórias por meio de cartas e narrações. Essa é uma forma lúdica de motivar a imaginação e criatividade dos estudantes. E, sobretudo, um mergulho na área do conhecimento da língua portuguesa e direitos humanos”, afirma Celinha Nascimento, formadora educacional e líder da oficina com os professores em Vila Velha.
Dessa forma, professores e alunos trabalharão suas produções e ilustração em sala de aula. E então, de 6 a 9 de setembro, a organização do projeto fará uma seleção das melhores histórias. As obras escolhidas serão publicadas no livro e também narradas em formato de audiodescrição pelos próprios alunos.
Além de Vila Velha, o projeto vai percorrer outras novas cidades de todos os estados do Brasil. Sendo elas: Canoas (RS), Diamantino (MT), Esteio (RS), Matão (SP), Pedra Petra (MT), Piracicaba (SP), Serra (ES), Sorriso (MT), Teresina (PI).
O que é o projeto Respeito às Diferenças?
O desenvolvimento do projeto Respeito às Diferenças compreende quatro etapas cronológicas:
- Orientação aos professores;
- Produções literárias;
- Escolha das cartas e ilustrações;
- Livro Respeito às Diferenças.
Orientações aos professores
São as oficinas pedagógicas onde os educadores das cidades envolvidas passam por uma imersão na área do conhecimento de língua portuguesa e direitos humanos. Além disso, recebem o Guia de Orientação Literária feito especialmente para balizar todo o projeto.
Produções literárias
Etapa em que os alunos do Fundamental I, sob orientação dos professores, produzem as cartas e as ilustrações sobre o tema. Ademais, outras experiências, como entrevista, leituras paralelas, idas ao correios, atividades científicas e tudo o que os educadores estimularem, são feitas.
Escolha das cartas e ilustrações
Esta fase seleciona quatro produções para representar a escola junto à banca que definirá as produções finalistas para compor o livro Respeito às Diferenças.
Livro Respeito às Diferenças
Todas as escolas participantes terão pelo menos um trabalho publicado no livro, e vão receber, portanto, vários exemplares – todos gratuitos. Os alunos que tiverem seus textos publicados, serão convidados a narrá-los, no formato podcast, que será publicado no site do projeto.
Projeto segue as competências da BNCC
O projeto congrega competências previstas na BNCC, como, por exemplo, a de “compreender-se na diversidade humana” e a de “promover o respeito ao outro e aos direitos humanos”.
De acordo com Allan de Amorim, coordenador da iniciativa na Flamingo – responsável pelo projeto -, o trabalho é peculiar no objetivo de desenvolver a empatia.
“Considero pontos importantes do projeto o estímulo à criatividade dos estudantes, bem como à promoção da reflexão cidadã. Tudo isso por meio do resgate à produção de cartas, um gênero literário que marcou séculos na história da humanidade e na nossa forma de expressão escrita, e às narrações das histórias finalistas pelos próprios alunos. Pois são elementos lúdicos para motivar o pertencimento à escola, à habilidade empática e à autoestima”, finaliza o coordenador.
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