De acordo com um levantamento feito pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, sete em cada 10 alunos relatam sintomas de depressão e ansiedade e na escola no pós-pandemia. Pensando nas dificuldades enfrentadas por esses estudantes, Rossandro Klinjey – educador, psicólogo e cofundador do Educa, edtech especializada no ensino de competências socioemocionais – elencou algumas dicas para os pais ajudarem os filhos em momentos de vulnerabilidade. Além disso, o profissional explicou a importância da compreensão e do acolhimento nos momentos mais delicados.
“O período escolar é uma fase onde se busca aceitação de determinados grupos, padrão de comportamento e estético. Além disso, quando se nota uma maior pressão vinda de pais, professores e colegas. Todo esse turbilhão de sentimentos aglomerados criam um cenário bastante difícil para os jovens. Sendo assim, eles necessitam da ajuda dos pais para passar por essa fase de uma forma mais saudável e tranquila”, analisa Klinjey.
O profissional elencou 7 dicas para os pais liderem com a ansiedade dos filhos na escola Confira:
- Valide os sentimentos;
- Ofereça uma escuta ativa e segura;
- Conte com ajuda profissional;
- Crie uma rede de apoio;
- Forneça informações precisas;
- Desmistifique o problema;
- O amor é curativo.
Valide os sentimentos
O primeiro passo é a validação dos sentimentos apresentados pela criança e adolescente. É fundamental que o jovem não tente reprimir o que está sentindo e entenda que os pais estarão por perto para ajudar. Validar significa mostrar ao seu filho que entende o que ele está sentindo e que não está errado por se sentir assim. Verbalize essa sua compreensão e ofereça ajuda. Diga e demonstre que compreende e quer saber de que forma pode ajudá-lo a enfrentar essas dificuldades.
Ofereça uma escuta ativa e segura
É fundamental que os filhos sintam confiança no diálogo parental, para que esse seja um espaço seguro e acolhedor para eles. Possibilitar que a criança possa falar sem julgamento ou interrupções são ações importantes para fomentar um ambiente positivo.
Conte com ajuda profissional
O apoio de um psicólogo infantil ou de um psicopedagogo, que se tornam personagens importantes nessa estrutura oferecida para as crianças, pode ser fundamental nesse processo. Com a ajuda especializada, os pais podem tentar entender a causa da crise e criar melhores estratégias de enfrentamento.
Crie uma rede de apoio
Por mais que os pais sejam as maiores referências na vida de uma criança, o contato parental não ocorre por um período integral. Sendo assim, é essencial que os genitores contem com a cooperação dos professores, familiares e amigos para a formação de um ciclo de confiança e cuidado.
Forneça informações precisas
É importante que o filho seja informado de forma clara e precisa sobre a sua ansiedade e o que vem acontecendo ao seu redor, em especial na escola. Porque quanto mais informações ele receber será mais fácil compreender o problema e buscar soluções. No entanto, é sempre importante que os pais considerem a idade e a capacidade de compreensão da criança ou adolescente para transmitir esses ensinamentos.
Desmistifique o problema
Da mesma forma que é necessário esclarecer para a criança que a ansiedade é um transtorno que, se não cuidado, oferece riscos, é fundamental explicar que a ansiedade é um problema comum, que não precisa ter vergonha ou medo. Reforce que o apoio e o cuidado são importantes e que não há a necessidade de se sentir inferior ou constrangido ao pedir ajuda.
O amor é curativo
Por fim, mas não menos importante, é imprescindível que a criança se sinta amparada e acolhida, sobretudo durante os momentos de crise. Saber que somos amados e que temos alguém com quem contar na hora do pânico é fundamental, especialmente na infância e adolescência. Então ofereça o seu melhor amor e apoio.
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