A aprendizagem baseada em projetos (project based learning – PBL) aposta na construção do conhecimento por meio de um trabalho longo de investigação. Portanto, na prática, apresenta aos alunos uma pergunta complexa, um desafio ou um problema.
Na sequência, a partir dessa questão inicial, os estudantes são convidados a se envolverem em um processo de pesquisa, elaboração de hipóteses, bem como busca por recursos e aplicação da informação até chegar a uma solução viável ou produto final.
Nessa abordagem pedagógica, o aprender e o fazer são inseparáveis. Então, para contextualizar a metodologia e dividir dicas com os educadores para a aplicação da metodologia na sala de aula, a equipe pedagógica da Geekie enumerou cinco passos importantes.
5 passos da aprendizagem baseada em projetos
- Pergunta motivadora;
- Investigação;
- Ideação e construção;
- Exposição e compartilhamento;
- Avaliação do aprendizado.
Pergunta motivadora
Comece com uma questão que não possa ser resolvida facilmente, ou seja, com uma pesquisa rápida no Google. O assunto da aula deve ser introduzido de uma forma instigante e o professor, durante o processo, pode averiguar o quanto os seus alunos sabem sobre o tema.
Para tornar tangível a proposta, um exemplo é a questão: como incentivar os moradores do bairro a consumir uma alimentação mais saudável? Sendo assim, com essa pergunta, os alunos podem apontar diferentes abordagens a partir do aprofundamento do problema.
Investigação
É hora de os alunos se tornarem especialistas no assunto em questão. Eles devem ir atrás de diversas fontes, textos, pesquisas ou mesmo entrevistas. Ou seja, tudo que os ajude a entender em profundidade os temas e conceitos relacionados com a pergunta norteadora. Os docentes podem também propor debates, exercícios, rodas de conversa e até experimentos que facilitem.
Ideação e construção
Com base em seus novos conhecimentos, os alunos começam um processo criativo para imaginar, desenhar e criar suas soluções. Depois, para a construção ou elaboração de sua solução, fazem o planejamento de ações, recursos disponíveis e responsáveis.
Durante essa fase, o professor tem espaço para provocar a turma com perguntas e dar feedback quanto ao trabalho envolvido. Uma sugestão é abrir espaço para que os estudantes possam contatar mentores: que podem ser familiares ou amigos que tenham expertise no tema que estão estudando.
Essa é uma forma de envolver pais, mães e responsáveis no processo educacional e difundir a metodologia.
Exposição e compartilhamento
Os estudantes agora se preparam para a apresentação final, pensando na melhor forma de contar sobre sua jornada de aprendizagem com o projeto, o que aprenderam e seus desafios, da pergunta norteadora até chegar em sua solução final.
Convide as pessoas da comunidade escolar para que as soluções possam ser divulgadas e seus reflexos possam ultrapassar ainda mais as barreiras da sala de aula.
Avaliação do aprendizado
Lembre que o foco do projeto é no desenvolvimento das aprendizagens durante todo o projeto. Dessa forma, a avaliação acontece em todas as suas etapas, inclusive na apresentação final e pode ter diversos formatos como exercícios, textos, resumos e relatórios.
Uma boa forma de ajudar na autonomia dos estudantes é utilizar rubricas que reflitam os objetivos de aprendizagem do projeto.
De acordo com Christie Sototuka, designerpedagógica da Geekie, aprender com o PBL tem a ver diretamente com a exploração do contexto, a comunicação entre pares e a criação a partir do conhecimento.
A tecnologia permeia todas as etapas do projeto: desde a exploração do contexto – que pode ser uma pesquisa de insumos e evidências na internet -, passando pela comunicação entre pares – já que as tecnologias permitem romper os limites do espaço físico e do tempo -, até chegar na criação do conhecimento.
“A metodologia também ganhou um reforço com o Novo Ensino Médio e a BNCC, que colocam em evidência a formação integral de estudantes. Mas para a última etapa da educação básica, a aprendizagem baseada em projetos auxilia na estruturação dos itinerários formativos das unidades curriculares”, finaliza Christie.
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