Monitoramenteo, coleta, tratamento. A vida contemporânea é dominada pelos dados de tal forma que foi necessário regulamentar seu uso. E, se tudo hoje em dia é influenciado pelo uso de dados, o setor da educação também não fica de fora. É por meio de uso de dados na educação que é possível melhorar o desempenho de professores, estudantes e até mesmo da gestão escolar. Tudo isso no que se conhece por Cultura Data-Driven.
Uma escola é um organismo vivo que gera um sem número de informações todos os dias. Não se trata só de detalhes, como nome completo, endereço, telefones e dados socioeconômicos dos alunos e seus pais. Mas de uma infinidade de aspectos que, quando coletados, armazenados e filtrados, podem ajudar na tomada de decisão da sala de aula à sala dos professores.
“Quase todas as atividades de uma escola geram dados. E eles podem ser usados para ajudar a tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficaz ou contribuir para uma melhor gestão do espaço escolar”, afirma o assessor pedagógico do Sistema Positivo de Ensino, Willian Henrique de Brito.
Uso de dados na educação: Cultura Data-Driven
Em painel realizado na Bett Brasil 2022, Willian falou sobre a implementação de uma Cultura Data-Driven nas escolas brasileiras. De acordo com ele, todas as informações produzidas ao longo da vida escolar podem ser usadas para potencializar a educação dos alunos e personalizar soluções. E um dos principais exemplos é a avaliação.
“A avaliação, por si só, é uma tentativa de colocar evidências para inferir quanto os alunos estão aprendendo ou em que pontos do conteúdo estão tendo dificuldades”, explica o especialista.
Por isso, trabalhar de forma organizada com os dados gerados pelas avaliações pode ser uma forma de direcionar melhor o trabalho dos professores.
“Fazer isso manualmente é difícil e há limitações para enxergar as correlações entre os dados. Quando aplicamos ferramentas adequadas para isso, entretanto, é possível entender que ações são necessárias para garantir um aprendizado mais eficiente”, diz Willian.
Sendo assim, em vez de ter somento a nota final de cada aluno, a escola consegue ter acesso a uma análise mais completa.
“Podemos descobrir, por exemplo, qual o percentual de alunos que acertaram ou erraram determinada questão. Ou a que tipo de questões os alunos estão com dificuldades para responder. Enfim, saio do boletim como único meio de analisar o ensino e passo a usar ferramentas tecnológicas para ter um cenário amplo”, finaliza.
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