O sucesso profissional já deixou de ser pautado apenas pelas hard skills. De nada adianta ter competências técnicas sem o poder de saber lidar com colegas de diferentes personalidades. E, além disso, ter um autoconhecimento sobre suas emoções e limites. Nesse novo cenário, as inner skills – conjunto de habilidades intrapessoais – precisam receber seu devido destaque como chaves vitais para um crescimento próspero nas empresas, inclusive combatendo a chamada Síndrome de Burnout.
Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, o Burnout se tornou uma doença ocupacional em janeiro deste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Tudo isso por causa dos índices alarmantes atingidos durante a pandemia.
De acordo com dados divulgados pelo Índice de Bem-estar Corporativo do Zenklub, cerca de 58% dos profissionais defendem que o Burnout é o maior inimgo do bem-estar. Quem sofre com o problema sente cansaço físico e mental aliado ao trabalho. Sintomas que podem ser superados pelo desenvolvimento das inner skills.
Ao invés de valorizar só as habilidades técnicas ou sociocomportamentais, que pertencem às soft skills, as inner skills se referem ao conhecimento intrínseco do emocional de cada pessoa. Ou seja, a capacidade em desenvolver suas próprias emoções em prol do maio equilíbrio possível. Tudo isso de forma que se consiga ter mais controle sobre seus sentimentos e como agir nas mais diversas situações do dia a dia, seja no âmbito pessoal ou profissional.
Mesmo sendo um termo ainda pouco explorado no mercado, seus benefícios se mostram perceptíveis por aqueles que buscam desenvolvê-las ao máximo. Ao compreender melhor sua própria mente e pensamentos, o convívio entre os profissionais de uma mesma empresa se torna muito mais harmonioso. Ou seja, evita conflitos pela falta de comunicação ou poder de resolução de problemas que possam ocorrer durante a rotina de trabalho.
Inner skills e a saúde mental
As inner skills são habilidades essenciais para uma melhor saúde mental. Ao contrário do que muitos acreditam, o Burnout não é gerado meramente pela sobrecarga de trabalho. Mas, sim, pelo baixo autoconhecimento e capacidade de identificar seus limites, perpetuando rotinas exaustivas que visam apenas da satisfação dos líderes.
A falta de atenção a essas questões traz danos severos para todos os envolvidos. Isso evidencia a importância de aprimorar o entendimento próprio como habilidade essencial para um desenvolvimento individual e corporativo.
O autoconhecimento depende de um processo de observação intenso por ambas as partes. Em um primeiro momento, o profissional precisa iniciar uma jornada de observação mais minuciosa. Ou seja, compreender quais situações desencadeiam sentimentos incômodos e diferentes, que tenha mais dificuldade para lidar e quais os recursos usados para agir com tais adversidades.
De forma conjunta, o feedback de colegas, superiores e dos líderes também são muito importantes de serem concedidos a todo momento. Seja pelo mapeamento de perfis ou atividades corporativas por meio de mentorias, meditação, terapias individuais e coletivas, consultorias e coaching. Esse olhar de fora pode trazer pontos vitais para uma avaliação pessoal acerca dos comportamentos costumeiros e sobre como melhorá-los.
Diante de tantas mudanças no mercado, se tornou clara a incapacidade de contratar e reter profissionais, só buscando aqueles que têm habilidades técnicas excepcionais. Muito além de desenvolver as inner skills individualmente, é bom que os líderes e gestores compreendam a importância dessas habilidades para a vida pessoal e profissional.
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*artigo escrito por Pollyana Guimarães, idealizadora da Evoluzi, empresa de curadoria de treinamentos corporativos.