Por Cristiano Stefenoni
Pior do que ficar desempregado é achar que nunca será demitido. Isso porque, assim, você não se prepara para uma possível notícia desagradável. Mas como saber que a sua hora está chegando? Existe alguma forma de adiar esse momento? Caso aconteça, como agir? Abaixo você confere essas dicas, alem de uma interessante pesquisa sobre o assunto feita pelo Grupo Catho, confira:
Indícios de que você pode ser o próximo demitido:
– Rumores de redução de custos no seu setor.
– A chegada de um novo gestor que pensa diferente de você.
– Simpatia repentina do seu chefe por você.
– Você não é mais convidado para participar de reuniões e nem da tomada de decisões importantes.
– Promessa repentina de que será promovido.
– Baixo rendimento e não cumprimento de metas.
– Conflitos constantes com a chefia.
– Salário muito acima que os demais colegas.
Como evitar uma demissão precoce:
– Seja amigo do chefe e crie vínculos com ele (não discuta com ele, traga um presentinho daquela sua viagem, faça elogios, saia com o grupo de amigos dele, etc.).
– Procure ser indispensável na empresa, de modo que os gestores tenham dificuldades de encontrar outro funcionário para fazer o que você faz e pelo valor que recebe.
– Cuidado com as promoções, elas podem ser boas, mas fatais. Certifique-se de que está fazendo muito mais do que a empresa está esperando de você, batendo metas, dando ideias, se envolvendo no processo, etc.
– Respeite todos na empresa.
Atitudes caso seja demitido
– Curta o luto, mas seja rápido em agir.
– Certifique-se que seus direitos serão pagos.
– Jamais discuta com o ex-chefe ou critique os colegas. Seja maduro e siga em frente.
– Busque logo uma recolocação, ou seja, não tire férias da demissão.
– Não suma do mercado. Se for preciso, aceite trabalhos inferiores ao antigo e com salários menores. Quem não é visto é esquecido.
– Não peça emprego, ofereça trabalho, mesmo que seja sem a carteira assinada.
– Não confie apenas na internet. Nada substitui um encontro cara a cara com o contratante.
– Se possível, aproveite o tempo livre para fazer algum curso de qualificação profissional. Isso ajuda a manter a cabeça ocupada e a não pensar bobagem.
PESQUISA SOBRE O DESEMPREGO
Perfil do desempregado
54% – casado
45% – solteiro
51% – ensino fundamental, médio ou técnico
37% – formação superior
1% – mestrado
0,3% – doutorado
47% – entre 21 e 35 anos de idade
22% – 36 a 45 anos de idade.
Motivo do desemprego
36% – Foi demitido do último emprego
23% – Pediu demissão do último emprego
Nível hierárquico antes de ser demitido
34% – auxiliar, assistente, operacional
21% – gerente, coordenador e supervisor
Tempo que ficou desempregado
28% – 1 a 3 meses
18% – 3 a 6 meses
15% – 6 a 9 meses
Motivo pelo qual pediu demissão:
33% – proposta de trabalho melhor
15% não estavam satisfeito com o salário
Como se mantém durante o período de desemprego
32% – Faz bicos, trabalhos eventuais/temporários
30% – Recebe ajuda de familiares
29% – Cônjuge mantém a casa e despesas
Tipos de sacrifícios financeiros após ter ficado desempregado
45% – Corte de despesas com lazer (clubes, viagens, etc)
21% – Corte de outras despesas (Internet, celular, TV por assinatura, etc)
Aceitaria um cargo de nível hierárquico inferior ao do último emprego?
85% – Sim
Aceitaria trabalho sem registro em carteira?
65% – Sim
Fonte de contratação:
59% – Indicação de amigo
11% – sites de empregos
5% – anúncios em jornal
Rede Social:
24% – conseguiram uma entrevista por meio dela
Orrkut (44%), Facebook (37,9%) e Linkedin (36%) são as principais
Salário atual em comparação com o anterior para quem estava desempregado na hora da contratação:
58% – inferior e praticamente igual
42% – superior
Intenção de procurar um novo emprego nos próximos 12 meses:
37,6% – muito provável
3,3% – pouco provável
Fonte: Pesquisa Grupo Catho 2011 – Contratação, a Demissão e a Carreira dos Executivos Brasileiros. Confira a pesquisa completa no link: https://www.catho.com.br/pesquisa-executivos/
Muito interessante a pesquisa, principalmente em saber que a oferta de empregos tem crescido nas redes sociais.