No início de março serão aplicadas as provas do concurso para TRF 2, porém, no final de fevereiro, temos o Carnaval… E aí? Será que os candidatos vão manter a fidelidade ao concurso público mais aguardado do ano ou se render aos confetes e serpentinas? Wilson Leitão, de 27 anos, não vai se abalar com o som das marchinhas. “Vou me manter estudando normalmente. Não sou tão fã de Carnaval, principalmente no Rio… Não me desperta a menor empolgação”, disse o concurseiro.
Mesmo que fosse fã, Wilson garante que preferiria os livros aos blocos de rua: “Acho que conciliar a festa com os estudos é impossível, isto porque Carnaval envolve bebida e bebida envolve ressaca, o que consome dois dias de estudo. Por isso, acho que esses dias próximos à prova são essenciais para memorizar aqueles detalhes mais teimosos.”
Quem concorda com Wilson é Suelen Dionízio, 28 anos, que disputa uma vaga de técnico sem especialidade (o técnico administrativo). “Meus amigos alugaram uma casa de praia e me chamaram para ir com eles. Claro que recusei!” Mas recusar não foi tão fácil assim. Ela precisou argumentar um pouco: “Ainda disseram que dá para estudar lá, mas é óbvio que isso seria impossível. Falei para o meu marido que, se quiser, pode ir com a nossa filha sem problemas.”
Ainda assim, Suelen só quer sua aprovação e não está nem aí para o que vão pensar: “Alguns entendem, outros me chamam de doida.” Já Vitor Vicente, de 23 anos, também não liga para o que vão pensar dele. Na verdade, ele até prefere que o achem louco mesmo de abrir mão do Carnaval para estudar. “Acho ótimo que os concorrentes vão à folia. Enquanto isso, eu estudo. Esses dias representarão sim uma vantagem ao candidato que, ainda que pequena, fará toda a diferença.”
Ele garante que o Carnaval, para ele, não vai passar de um período de revisão da matéria. O candidato diz que os amigos entendem esse momento de preparação e o apoiam, justificando: “Essa privação é apenas temporária.”
A privação temporária não estará presente só no Carnaval de Vitor. Tatiana Montenegro, 34 anos, concorda que é complicado conciliar estudos com folia. “Melhor deixar para curtir depois de aprovado.”
Apesar disso, ela não pensa no que os outros candidatos vão fazer ou deixar de fazer. “Prefiro focar nos meus estudos e preparação. Não sou do tipo que fica paranoica e que vê sempre a concorrência como uma ameaça. Concursos públicos serão sempre concorridos e isso é inevitável. Faço o meu melhor, sempre cuidando da minha inteligência emocional”, garante.
