Durante a pandemia do novo coronavírus, muitos concursos acabaram sendo postergados, adiando o sonho de milhares de pessoas que procuram um emprego com estabilidade e boa remuneração no serviço público. Agora, com boa parte da população vacinada e os índices de contaminação e mortes sendo reduzidos drasticamente, percebe-se que, a partir do segundo semestre deste ano, houve um aumento considerável de oportunidades para quem quer ingressar na carreira pública.
No entanto, é em 2022 que os concursos públicos prometem ‘bombar’. Levantamento feito pela Central de Concursos aponta que mais de 225 mil vagas em cargos dos níveis fundamental, médio e superior poderão ser abertas no ano que vem, em diversos órgãos das esferas federal, estadual e municipal. Detalhe: as remunerações chegam a R$21 mil mensais.
Segundo o diretor da Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto, os concurseiros devem iniciar os estudos o quanto antes para estarem devidamente preparados para a ‘enxurrada’ de oportunidades que surgirá.
“A demanda por servidores públicos em todas as áreas é muito grande, especialmente na Receita Federal e no INSS, que já não realizam concursos há muito tempo. A pandemia fez com que os concursos ficassem represados. Agora, com o controle da pandemia, diversos órgãos estão retomando os preparativos para contratar novos servidores. Por isso, é certo que vários editais serão publicados no primeiro semestre de 2021. Quem iniciar a preparação desde já e realizar um estudo planejado terá muito mais chances de conquistar uma vaga do que aqueles que iniciarão os estudos quando os editais foram divulgados”, afirma Gabriel.
Não são poucos os órgãos que confirmaram pedidos ou reforçaram suas solicitações para o período pós-pandemia:
• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 204.307 vagas;
• Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – 7.575 vagas;
• Receita Federal do Brasil – 699 vagas;
• Banco Central do Brasil (Bacen) – 245 vagas;
• Controladoria Geral da União (CGU) – 375 vagas;
• Fundação Nacional do Índio (Funai) – 826 vagas;
• Senado Federal – 40 vagas;
• Ibama – 568 vagas;
• ICMBio – 171 vagas;
• Ministério da Economia – 300 vagas;
• Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3) – 15 vagas;
• Polícia Civil do Estado de São Paulo (PC-SP) – 2.939 vagas autorizadas para cargos de nível superior;
• Polícia Militar do Estado de São Paulo (PM-SP) – 2.700 vagas para soldado;
• Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM SP) – 1.000 vagas;
• Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME SP) – 3.250 vagas para professores.
Esses são apenas alguns dos concursos aguardados para o ano que vem. E como 2022 já está logo aí, é importante começar a preparação o quanto antes para que o candidato esteja pronto quando começarem a sair os editais.
Especialista dá dicas de preparação
Segundo Gabriel Henrique Pinto, o primeiro passo para quem quer conquistar uma das milhares de vagas que serão abertas em 2022 é se matricular em um curso preparatório, seja ele presencial ou online. “É possível estudar sozinho e ser aprovado, mas dessa forma, via de regra, demora-se muito mais tempo para se conquistar uma vaga no serviço público. Já as chances de se obter sucesso ao estudar em um curso preparatório aumentam exponencialmente, sem falar no encurtamento do tempo. Isso porque os professores conhecem o ‘caminho das pedras’ e vão poder direcionar melhor o estudo dos candidatos, apontando exatamente os pontos mais recorrentes em provas de concursos”, disse.
O diretor da Central de Concursos deu mais uma dica valiosa: o concurseiro deve estudar com base no edital anterior do último concurso do cargo de interesse. “Na maioria das vezes, os programas não costumam sofrer alterações significativas. O mesmo acontece com as estruturas de provas. Sendo assim, o candidato pode relacionar os conteúdos e etapas do certame almejado e, com base nisso, iniciar seu planejamento e montar um calendário que contemple o estudo, o trabalho e as atividades domésticas”, orientou.
Além do estudo da teoria, Gabriel Henrique Pinto destaca ser indispensável a realização de questões de provas anteriores durante a preparação para um concurso público. “Somente treinando o aluno saberá se está ou não entendendo as disciplinas que está estudando. Além disso, não dá para se preparar para concursos e não realizar questões, sobretudo provas anteriores. Por meio delas, o candidato vai perceber como os assuntos costumam ser cobrados pelo órgão e pela banca organizador e quais são os temas mais recorrentes”, explicou.