É possível conseguir um emprego após os 50 anos de idaade? Quais os desafios que essa faixa etária enfrenta na hora de buscar uma recolocação? Com mais de 14 milhões de desempregados no Brasil, segundo dados da Pnad Contínua, a recolocação no mercado de trabalho se torna extremamente acirrada.
E essa empreitada é ainda mais difícil para as pessoas com mais de 50 anos. Para ter ideia, a taxa de ocupação no ano passado entre os profissionais com idade entre 55 e 59 anos ficou em 51%.
De acordo com Mariangela Schoenacker, Diretora de Operações da Consultoria LHH Nordeste, infelizmente, muitos empregadores ainda têm a visão errônea de que este tipo de profissional está desatualizado no que diz respeito às novas tecnologias e processos, têm maior dificuldade em de adaptação e, consequentemente, resistência às mudanças ou até mesmo que não possui habilidades exigidas atualmente pelo mercado.
“Pelo contrário! Aqueles com mais de 50 anos estão extremamente ativos e produtivos, vide a longevidade dos brasileiros, que segundo o IBGE, é de 76,6 anos”, Mariangela. Para que esse profissional +50 consiga se recolocar, a especialista dá algumas orientações:
Faça um processo de autoconhecimento: analise onde está, qual sua situação atual e onde quer chegar. Tenha clareza também quais são suas habilidades e os pontos que precisam ser aprimorados.
Mantenha-se atualizado (a): Continue o ritmo de estudos da área que pretende atuar bem como as transformações que ela vem sofrendo. Além disso, esteja ciente das movimentações de mercado, novas tecnologias, inovações que surgirem, pois elas serão essenciais nas relações de trabalho e, consequentemente, para o aperfeiçoamento das habilidades.
Seja flexível: Esteja aberto a atuar através de vínculos diferentes de trabalho, como autônomo, carteira assinada, associado, freelancer, MEI (Micro Empreendedor Individual), part-time (contrato de trabalho a tempo parcial) ou mesmo por job (projetos específicos com início, meio e fim). Isso aumenta o leque de oportunidades do candidato e demostra que ele não é resistente as novas tendências de mercado.
Invista no networking: Mantenha a sua rede de relacionamos aquecida através de encontros virtuais, troca de mensagens, ajuda com informação ou indicação a seus pares, pois a rede não pode servir apenas para “pedir uma colocação”. É um ambiente de troca.
Tenha um currículo claro: Destaque suas habilidades e projetos que esteve à frente e como isso contribuiu para a empresa que atuava. Coloque no seu currículo e perfis das redes sociais (Linkedin, por exemplo) as suas principais experiências dos últimos 15 anos e cite as datas dos seus últimos trabalhos.
Coloque no currículo o que realmente interessa: Tenha uma parte voltada para o resumo de suas qualificações, características, experiências profissionais, pontos fortes, aquilo que te diferencia dos demais concorrentes. Mais importante do que somente o título dos cargos que ocupou é conter o que realmente você entregou de resultados para a empresa no período em que esteve lá.
Conte com um serviço de recolocação: Ter um apoio e orientação de por onde começar e como começar a busca por uma nova colocação é fundamental, por isso conte com um serviço de transição de carreira. Através dele, você conseguirá traçar um plano estratégico para conseguir aquela oportunidade que tem sinergia com o seu perfil e de forma mais otimizada. Sem falar que a ajuda de um consultor para lhe preparar para entrevistas de emprego, posicionamento correto nas redes sociais, etc. fará com que você saia na frente dos outros candidatos.
Programas voltados para 50+: Hoje diversas empresas contam com programas de contratação voltados para esses profissionais. Programas esses que visam a qualificação dos 50+, mesmo em áreas que nunca atuaram, estagiários sêniores ou mesmo em áreas afins às suas antigas atuações.