A internet se tornou o principal meio para se candidatar a vagas de emprego, seja através do envio de currículos por e-mail ou até de redes sociais. Segundo estudo do portal Trabalhando.com, 76% dos jovens profissionais preferem receber oportunidades de emprego por meio do Whatsapp. Em segundo lugar, o e-mail é a preferência de 18% dos entrevistados.
Se por um lado o uso de redes sociais favorece a candidatura de profissionais em processos seletivos, por outro a triagem de currículos pode ser menos eficiente para quem contrata. Isso porque, diariamente, um recrutador recebe cerca de 100 currículos e consegue analisar, em média, 15 desses documentos. Para posições mais generalistas, o número de CVs recebidos por dia chega a 200, segundo a consultoria FESA Group.
Para Bruno Rizzato, diretor do aplicativo de recrutamento Trampolim, a quantidade de currículos não significa necessariamente a qualidade dos perfis. “Normalmente o recrutador avalia 10% dos currículos recebidos. Desses, alguns são chamados para a entrevista e quase nenhum é contratado. Aí a busca por CVs recomeça, sem ferramentas e de forma não orientada”, observa o especialista.
Segundo Rizzato, esse processo é ainda mais complicado para empresas que não possuem um departamento de recursos humanos estruturado. “Perde-se muito tempo nessa busca desorientada, principalmente quando quem está à frente das contratações são os próprios donos de estabelecimentos, gerentes de setor, entre outras posições que têm outras demandas e especialidades”.
Estudo realizado pela startup Sólides, mostra que em 61% das grandes empresas no Brasil, que empregam entre 200 a mil pessoas, a área de recursos humanos e departamento pessoal são compostas pela mesma equipe. Entre as pequenas empresas, que empregam até 49 pessoas, o número é ainda maior: 68% têm as áreas de RH e DP fundidas.