A evidência objetiva e o achômetro

Cansamos de matérias e reportagens que abordam ideias mirabolantes. Ideias, todos nós temos, mas cadê a evidência objetiva.

Na escassez de ações efetivas, no sonho passado por projetos não executáveis e em maravilhosas apresentações de power point, embarcamos na empolgação da tal ideia e somos capazes até de voltar a acreditar em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa. Afinal, estava lá no power point, eu vi. Como se fosse possível.

São esses projetos que não passam de ideias que muitos dos gestores públicos nos apresentam. Até eles passam a acreditar nas apresentações do power point.

Onde está a evidência objetiva que gerou o tal projeto. Ele não foi fruto do planejamento, não atende as perspectivas de nenhuma das partes do mapa estratégico. Ele foi baseado no achômetro e transformado em power point.

É assim, a maioria dos projetos executados no setor público, nunca constou do planejamento, mas alguém vendeu a ideia para o gestor público, que despreparado e sem fundamentação, abraça a ideia.

Por melhor que seja esse projeto, se vier a ser executado está fadado ao fracasso. Ele não tem fundamentação e nem respaldo. Não tem início, meio e fim, quanto mais continuidade. Mais dinheiro público que vai para o ralo.

O problema está na formação deste gestor público. Mais preocupado em deixar sua marca do que com a realidade e as necessidades da população. Mais interessado em sair na mídia e virar notícia.

A mídia exerce papel importante em nossa democrática sociedade, para alguns classificada como quarto poder, é capaz de desempenhar importantíssimo papel de fiscalizador e esclarecedor para a opinião pública. Só não pode acreditar e cair no conto do power point, como muitos.
 
Denise de Moura Cadete Gazzinelli Cruz

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