Fernando Cinelli
APEX
Fernando Antonio Kulnig Cinelli é cofundador e CEO da Apex Partners, empresa criada em 2013 com a missão de se tornar o primeiro banco de investimentos capixaba. Iniciou a carreira profissional aos 18 anos na construtora e incorporadora do pai, período em que adquiriu experiência ao passar por diversos setores e aprendeu valores muito importantes como o trabalho duro, a frugalidade e a meritocracia.
O que é ser líder e o que é preciso para se tornar um?
Ser líder é inspirar as pessoas a realizarem o máximo do potencial que elas detêm, é conduzir por caminhos que não sejam tradicionais, mas que são transformadores de forma positiva para os liderados e a sociedade como um todo. Para se tornar um, o primeiro passo é ter valores claros e sólidos, buscar dar o exemplo para todos e trabalhar duro e de forma indomável.
Qual é o papel do líder para os liderados e para o bom andamento da organização?
É tornar tangíveis para os liderados o propósito, a missão e os valores da organização para que eles, ao internalizarem quais são os “caminhos” e as “regras do jogo”, possam ter liberdade para trabalhar e inovar.
O que torna um líder melhor? Como evoluir na liderança?
A liderança em certa medida é movida pelo ego e pela vaidade, portanto, é ser ambicioso para a causa, a organização e seu propósito, não para si mesmo. Para evoluir é preciso perseguir um conjunto de valores e propósitos temporários que permanecem constantes ao longo do tempo, mas que sejam abertos para mudanças de progresso, melhoria, inovação e renovação.
O que te transformou em um líder reconhecido não só pelos liderados, mas pela sociedade em geral?
Apesar das minhas falhas, erros e de estar no começo da minha jornada, esse reconhecimento se deu pela dedicação, disciplina e trabalho duro que tenho realizado dentro de todas iniciativas nas quais estou envolvido.
Qual é o seu estilo de liderança e por que o adota?
Meu estilo de liderança é agressivo e direto e o adoto porque acredito que é importante para o momento que vivemos desafiar o status quo estabelecido e romper barreiras postas. Por outro lado, com o amadurecimento, tenho buscado fortemente trabalhar os pontos negativos da agressividade, e esse é um trabalho em construção.
O que te move, o que te inspira e o que te indigna?
O que me move é uma paixão forte por servir as pessoas ao buscar ser a minha melhor versão como liderança. O que me indigna é a mediocridade, é acreditar que uma parcela considerável dos brasileiros se considera vítima e não busca romper os paradigmas vigentes.
Qual é o papel do líder nestes tempos de crise de representatividade que temos vivido?
O Brasil e o Espírito Santo serão transformados pelos empreendedores, visionários e trabalhadores incansáveis, e nós não podemos nos sentir vítimas do desgoverno, mas sim nos tornar mais fortes ao focar nos clientes e entregar melhores produtos e serviços. Gosto desta frase: “Os jogos são ganhos por jogadores que se concentram no campo de jogo, não por aqueles cujos olhos estão colados no placar” (Warren Buffet).