Líder em Hospitais

Oscar Alvim de Souza
HOSPITAL SANTA RITA

Oscar Alvim de Souza é diretor-geral da Afecc – Hospital Santa Rita de Cássia (HSRC) desde 2003, quando assumiu o cargo a convite do Conselho de Administração. É formado em Administração e Psicanálise Clínica, com pós-graduações em Marketing e Tecnologia da Informação e em Administração de Serviços de Saúde. Em sua gestão, o HSRC foi inteiramente reestruturado no ponto de vista organizacional, administrativo, operacional e estratégico e, atualmente, a instituição apresenta-se como o maior complexo oncológico do Espírito Santo.

O que é ser líder e o que é preciso para se tornar um?
É ter simplicidade, aprimorar-se e ter disposição para aprender e ensinar, seja em qualquer área do conhecimento ou idade. Com 73 anos, credito minha experiência às inúmeras oportunidades que tive e respeito a experiência dos mais jovens que tenham sabido aproveitar suas oportunidades.

Qual é o papel do líder para os liderados e para o bom andamento da organização?
É conduzir o barco e mostrar que, mesmo com risco de afundar, você está dentro dele, junto com os demais. Além disso, é ter bagagem necessária para que os liderados tenham a confiança de seguir os seus direcionamentos.

O que torna um líder melhor? Como evoluir na liderança?
Minhas formações acadêmicas e trajetória profissional naturalmente me conduziram a isso. Até mesmo para conhecer-me melhor, e para compreender as pessoas, estudei Psicanálise. Recursos humanos estão presentes em qualquer organização, e conhecer essa área faz toda diferença para o sucesso.

O que te transformou em um líder reconhecido não só pelos liderados, mas pela sociedade em geral?
Suponho que pela visibilidade de atuação tanto na área siderúrgica quanto na hospitalar, além do relacionamento interpessoal com participação social, que proporcionou alguma popularidade de meu nome na comunidade.

Qual é o seu estilo de liderança e por que o adota?
Eu apregoo que o exemplo vale mais do que qualquer discurso e que a experiência deve ser medida pelas oportunidades, e não pelo tempo, daí acredito tanto nos jovens. A minha dedicação intensa e a disponibilidade para estar sempre participando de todos os processos, presumo, fazem a diferença.

O que te move, o que te inspira e o que te indigna?
Me inspira poder contribuir para o cumprimento da missão da Afecc no atendimento de qualidade ao paciente oncológico, uma causa muito nobre. O que me indigna é reconhecer que o SUS, muito bem concebido, torna-se utópico considerando que os recursos financeiros destinados a sua operacionalização não são suficientes para atender o piso constitucional.

Qual é o papel do líder nestes tempos de crise de representatividade que temos vivido?
É preciso muita serenidade, cadência e ética para encarar essa situação tão conturbada vivenciada pelo país, buscando identificar as variáveis controláveis que estão dentro de suas prerrogativas de ação.

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