Todo gestor público tem o compromisso de administrar, da melhor maneira possível, os recursos gerados pela sociedade. Daí a necessidade de uma gestão profissional, ética e responsável que possa criar e oferecer ao cidadão as soluções para as demandas sociais. Tão importante quanto executar projetos e programas, é dar uma satisfação ao contribuinte de como uma organização pública utiliza as verbas. Para isso, é preciso que todos os órgãos e estatais tenham uma política profissional de comunicação social.
Ao agente público não basta o dever de fazer. É preciso também dizer como fez e por que fez. Essa informação deve chegar à população de forma transparente, obedecendo um protocolo previsto por um programa de comunicação social. A ação é fundamental principalmente em áreas como educação, saúde, meio ambiente, segurança, desenvolvimento econômico que exigem uma comunicação mais eficiente e eficaz por parte do setor público. Afinal, campanhas educativas e orientativas muitas vezes falham porque são criadas sem um direcionamento correto. É dinheiro jogado fora.
Felizmente, existem vários exemplos em Santa Catarina que se tornaram, inclusive, referência para o país. Ter uma política de comunicação social estabelecida é atuar preventivamente. Evita, a princípio, o favorecimento político e pessoal. Afinal, a política de comunicação deve estar alicerçada em critérios técnicos validados pelo mercado e reconhecidos pelos veículos. No final das contas, o planejamento na área de comunicação gera economia para os cofres públicos, evitando desperdícios e utilização equivocada dos recursos.
Por fim, o setor público não pode ficar limitado ao investimento em apenas alguns itens na área de comunicação. Assessoria de Imprensa, por exemplo, é uma das ferramentas de comunicação que deve se integrar a outras iniciativas. A sociedade merece ser bem informada. Neste sentido, o 2º Seminário Catarinense de Comunicação Pública, que está sendo realizado pela FECAM na capital, vem em boa hora. Participam assessores de comunicação dos municípios e entidades como a ACAERT, Sinapro/SC, Adjori/SC e ADI/SC. Afinal, como dizia o saudoso velho guerreiro, o Chacrinha: Quem não se Comunica se Trumbica.
Marcello Corrêa Petrelli
Presidente ACAERT