Quando assumimos a Prefeitura de Vitória, em janeiro de 2013, implantamos o modelo de gestão compartilhada e estamos governando até os dias de hoje com a participação e a colaboração de toda a população, ouvindo as sugestões, críticas e tomando decisões de forma coletiva. A direção que seguimos é uma só: o interesse público.
O grande desafio de liderar no setor público é fazer com que as pessoas se sintam valorizadas, acolhidas e respeitadas. Liderar não é mandar, obrigar. Liderar é motivar, tocar o coração das pessoas. É estar junto principalmente nos momentos mais difíceis. E um dos maiores desafios é exatamente gerir na crise – e dizem que o bom gestor aparece nesses momentos.
Vitória atravessou um período que os economistas chamam de “tempestade perfeita”, que é quando se tem uma crise e aparece outra, e mais outra. A cidade perdeu, a partir de 1º de janeiro de 2013, R$ 1,5 bilhão em receitas vindas do Fundo de Desenvolvimento de Atividades Portuárias (Fundap). Isso somado à crise político-financeira do país, de 2014 em diante, fez com que Vitória fosse a cidade mais prejudicada do país.
No entanto conseguimos nos manter firmes, focados no interesse público, cortando gastos e renegociando contratos para atravessar essa tal “tempestade perfeita” e poder ver o sol brilhar no horizonte novamente. Tanto os servidores quanto os moradores e visitantes foram protegidos ao máximo dos reflexos das perdas, pois, com nossa equipe, que é uma das melhores do Brasil, fizemos importantes entregas de 2013 para cá, e a cidade não parou. Pelo contrário, continuou crescendo e conquistando títulos importantes de primeiro lugar nacional e internacionalmente!
Nossa linda capital ocupa o primeiro lugar no ranking por sua gestão inteligente em saúde, no âmbito da “Inovação em estratégias na área”, segundo levantamento feito pela consultoria Urban Systems e publicado pela revista Exame. Esse mesmo instituto classificou Vitória como uma das melhores cidades para se envelhecer, para investir em negócios, para se viver e em primeiro lugar em saúde, em educação, em qualidade de vida, enfim, são muitos títulos ao longo desses seis últimos anos de nossa gestão.
Em 2017, tivemos mais de 37 mil consultas de viabilidade empreendedora e mais de 6,5 mil empresas abertas, mesmo em tempos econômicos muito difíceis. Isso graças à redução no tempo médio de abertura de empresas, que passou de 125 dias, em 2012, para apenas 22 dias, em 2017. Um ganho fantástico para a formalização de Microempreendedor Individual (MEI), que deu um verdadeiro salto de 5.576, em 2012, para 17.677 negócios abertos, em 2017.
Temos vários projetos exitosos que executamos nesse período difícil. O Bike Vitória é um exemplo de cooperação público-privada que gera benefícios à população. Antes, não se falava em bicicletas e ciclovias na cidade. Hoje, o projeto já foi ampliado e temos pedidos de novas estações e mais bicicletas.
Liderar na gestão pública é gerar os ativos que nossa cidade tem por vocação, principalmente em inovação e tecnologia, turismo, comércio e serviços. Com esses motes, buscamos parcerias para manter a nossa capital sempre viva.
Para ser um bom líder na gestão pública é preciso diálogo com todos, apoiar as boas ideias, montar uma ótima equipe, confiar no planejamento e no trabalho para dar os resultados que todos desejam!
Luciano Rezende
Prefeito de Vitória