“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte…”. Esse trecho da música “Comida”, dos Titãs, composta em 1987 por Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto, nos leva a uma importante reflexão sobre as necessidades e os desejos humanos.
A música, que é um verdadeiro manifesto, alerta para que não se reduzam as necessidades humanas apenas ao campo do orgânico ou fisiológico.
Afeto, entretenimento, beleza, prestígio e atenção também são “fomes” que precisam ser saciadas para nutrir o espírito, indo além do tangível, além do corpo.
Os setores da sociedade, assim como organismos vivos, também têm sua “fome” de reconhecimento e prestígio, além da busca por resultados econômicos e financeiros.
“A gente não quer só dinheiro, a gente quer dinheiro e felicidade” é outro trecho marcante da música.
Nesse contexto, destacam-se as lideranças setoriais que alimentam o prestígio e o orgulho da sociedade.
Suas ações e conquistas não apenas refletem seu compromisso, mas também inspiram os outros.
No Terceiro Setor, isso não é diferente. Reconhecer seu trabalho e importância para a sociedade valoriza aqueles que lideram, promovem a evolução, buscam inovação e atuam como verdadeiros faróis de desenvolvimento e progresso social.
E foi isso que a 24ª edição da pesquisa Líder Empresarial, da Rede Vitória, valorizou ao incluir também as lideranças do Terceiro Setor em sua relação anual de homenageados. A Fundaes, a federação desse setor, celebra esse reconhecimento.
Francisco Carlos Gava, presidente executivo da Acacci (Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil), foi a primeira liderança do setor a ser destacada na pesquisa realizada.
Outras líderes de entidades filiadas à Fundaes, como Pollyana Paraguassu, da Amaes (Associação dos Amigos dos Autistas do ES), e Patrícia Assef, da Fundação Beneficente da Praia do Canto (FBPC), também foram lembradas na enquete que ouviu 200 empresários, empreendedores e gestores entre 10 de setembro e 4 de outubro de 2024.
Esse reconhecimento reflete o impacto social significativo das instituições do Terceiro Setor que, mesmo atuando com recursos limitados, transformam vidas.
A Fundaes representa um grande número dessas organizações, que trabalham com afinco e determinação com causas diversas, como assistência social, inclusão, defesa de direitos e promoção de saúde, educação, arte e cultura.
Como afirmou Francisco Gava, líder “Empresarial” 2024 do Terceiro Setor:
“As organizações não governamentais são de grande importância para a sociedade e, em especial, para a economia, pois, além de atender às populações mais vulneráveis, geram empregos e movimentam a economia local.”
Condecorações como esta reforçam a seriedade, competência e transparência do trabalho das ONGs, que têm na Fundaes o papel crucial de mobilizar pessoas para promover solidariedade e garantir os direitos dos mais vulneráveis, fortalecendo um trabalho que é essencial para o bem-estar coletivo.
Como diz outro trecho da música dos Titãs, nós precisamos de todas essas necessidades atendidas para nos sentirmos verdadeiramente inteiros e completos.
E esse é o espírito da ação social: proporcionar condições para que cada indivíduo, cada comunidade, possa alcançar sua plena dignidade e ter acesso ao que é necessário para uma vida com mais equilíbrio, satisfação e felicidade.
Ao reconhecer as lideranças e as organizações do Terceiro Setor, festejamos mais do que um simples prêmio: celebramos a construção de um futuro mais justo, mais solidário e mais “inteiro e não pela metade” para todos.
Robson Melo
Presidente da Fundaes, a Federação do Terceiro Setor Capixaba.