Breno Bremenkamp
CASA DO SERRALHEIRO
Atual diretor executivo da Casa do Serralheiro, Breno Bremenkamp começou a trabalhar aos 11 anos com o pai em loja e atacado de material de construção. Formou-se em Administração e fez MBA na Califórnia. Aos 23 anos, fundou a Casa do Serralheiro, utilizando as melhores práticas do grupo aliadas aos conhecimentos teóricos de gestão.
O que é ser líder e o que é preciso para se tornar um?
Liderar é transbordar energia em alguma direção. Liderança é aceleração. É uma mistura de brutalidade com sensibilidade, de ousadia e arrogância com humildade. É preciso ser inconformado, inquieto, incansável e apaixonado para se manter em movimento e tirar as pessoas constantemente da inércia. É querer fazer melhor, sempre, em tudo.
Qual é o papel do líder para os liderados e para o bom andamento da organização?
O líder comunica às pessoas o valor e o potencial delas de uma forma tão clara e forte que elas acabam percebendo isso nelas mesmas e agem completamente de acordo. O líder permite que os liderados se apaixonem pelos objetivos da empresa.
O que torna um líder melhor? Como evoluir na liderança?
Competição e educação. Competindo e aprendendo coisas novas, tendo referenciais comparativos, pessoas, empresas e metas a superar e sonhos grandes a conquistar.
O que te transformou em um líder reconhecido não só pelos liderados, mas pela sociedade em geral?
O produto da liderança, a Casa do Serralheiro. Seria injusto falar que eu estou sendo reconhecido, acredito que estou apenas representando o corpo de gestão da empresa, que é quem realmente é reconhecido neste prêmio.
Qual é o seu estilo de liderança e por que o adota?
Liderança extremamente agressiva e voltada para resultados financeiros. Não tenho tempo para mimimi. As pessoas que precisam de amortecedores psicológicos e eufemismo na linguagem geralmente dão muito trabalho e pouco resultado no segmento de aço. Felizmente, a cultura da empresa impede a entrada destes ou os expele como corpos estranhos.
O que te move, o que te inspira e o que te indigna?
O que me move são as consequências do movimento, que me deixaram viciado. Gosto de poder ver com meus próprios olhos que faço parte da transformação e do desenvolvimento de um Estado inteiro por meio do aço. O que me inspira é o exemplo do meu pai, que construiu algo tão grande começando com tão pouco. O que me deixa completamente indignado é o tamanho, o custo, a ineficiência e a corrupção.
Qual é o papel do líder nestes tempos de crise de representatividade que temos vivido?
Representar. Passar a mensagem de que um amanhã melhor é possível se fizermos a nossa parte, manifestando nossos desejos e frustrações por meio de votos mais conscientes, mobilização popular e educação política. O líder deve mostrar como o insucesso político ameaça o sucesso empresarial, a empregabilidade e a renda média das famílias.