Gilberto Carretta Bastos
MULTISHOW
Gilberto Carretta Bastos é proprietário da Oliveira e Bastos e presidente da Multishow Supermercados Associados, da qual também já foi diretor-secretário e diretor comercial. Sua história no comércio teve início em 1979, quando, aos 13 anos, já tomava conta da quitanda de seu pai. Posteriormente, tornou-se sócio de uma mercearia e, junto com os colaboradores, conseguiu transformá-la em um supermercado. A sociedade teve fim, mas marcou o início de uma nova trajetória, com uma nova loja, associada à Rede Multishow Supermercados até o dia de hoje.
O que é ser líder e o que é preciso para se tornar um?
Ser líder é motivar sua equipe para que ela busque a superação; é se preocupar com o crescimento de todos, procurando sempre aperfeiçoar as aptidões e virtudes de cada um. Ser líder é construir junto os princípios e valores que devem nortear o trabalho; é ajudar aqueles que possuem dificuldades. Para se tornar um líder é preciso viver esse processo a cada dia.
Qual é o papel do líder para os liderados e para o bom andamento da organização?
É preciso que os liderados o vejam como um exemplo a ser seguido, que sonhem em igualar-se a ele, nas virtudes e aptidões, superando as limitações e defeitos. Dessa forma, conseguimos conquistar seus corações e mentes e, assim, sermos reconhecidos como uma liderança positiva.
O que torna um líder melhor? Como evoluir na liderança?
Para se tornar um líder melhor, é preciso coerência com os princípios e valores e compromisso com os objetivos do grupo.
O que te transformou em um líder reconhecido não só pelos liderados, mas pela sociedade em geral?
A responsabilidade pelo trabalho, a seriedade, o respeito e o compromisso com os liderados e, principalmente, com a sociedade, que é e sempre será o foco principal.
Qual é o seu estilo de liderança e por que o adota?
Minha liderança busca sempre agregar e conciliar. É preciso empregar mais tempo na persuasão e estímulo do que nas críticas e dificuldades.
O que te move, o que te inspira e o que te indigna?
Diante de uma sociedade onde os valores têm se invertido, o que me move é a ação do Espírito de Deus, e o que me inspira a ser um cidadão melhor é a minha família.
Qual é o papel do líder nestes tempos de crise de representatividade que temos vivido?
O primeiro é tomar as decisões que estão sob sua responsabilidade sem adiá-las só por causa de uma manchete negativa. A crise de confiança costuma levar os gestores ao adiamento de todo o tipo de decisão. Também é necessário provocar o genuíno comprometimento dos colaboradores, algo que se conquista com pequenos gestos de otimismo que transmitem à equipe a certeza de que “crises passam” e todos sobreviverão. Por fim, o líder deve tratar os problemas que realmente importam, delegando a outras pessoas a resolução de questões periféricas. Para isso, é importante que conte com funcionários cujas competências suprem suas principais carências e que têm a capacidade de oferecer resultados de curto prazo. Melhor ainda se esses profissionais puderem ser flexíveis o bastante para enfrentar as mudanças que certamente virão.