Raphael Brotto
SHOPPING VITÓRIA
Raphael Brotto é diretor-geral do Shopping Vitória. Formado em Administração, com MBA em Gestão Comercial pela FGV e pós-graduação em Gestão em Shopping Centers pelo Insper/SP, está no Shopping Vitoria desde 2003. Em 2011 chegou à Superintendência e recentemente tornou-se diretor-geral.
O que é ser líder e o que é preciso para se tornar um?
Ser líder é ter a disciplina de sempre buscar a inovação e o equilíbrio e ter energia e conhecimento para motivar pessoas. Um dos pilares da liderança é saber ouvir e, sobretudo, acreditar que o seu primeiro cliente é o seu público interno. São os colaboradores que atuam dentro da missão da empresa e fazem dela uma marca admirada pelo consumidor final.
Qual é o papel do líder para os liderados e para o bom andamento da organização?
É preciso ter a clareza de que a liderança colaborativa, ou seja, aberta para feedbacks, discussões de ideias e elaboração de metas compartilhadas, traz um ganho maior em termos de produtividade e assertividade. A gestão vertical, com pouco diálogo e diretiva, não é envolvente e pouco contribui para que o colaborador vista a camisa e ajude os líderes a atingirem os objetivos da empresa.
O que torna um líder melhor? Como evoluir na liderança?
Para exercer a liderança tomo como exemplo as boas práticas que vejo no mercado. E ser líder é ter esse comprometimento de se aplicar aos estudos para estar sempre por dentro do negócio e ter a capacidade de inovar tanto do ponto de vista empresarial quanto também humano. Acredito que a evolução ocorra em virtude do acúmulo de experiências, como também da busca constante de referências positivas no mercado.
O que te transformou em um líder reconhecido não só pelos liderados, mas pela sociedade em geral?
Acredito que esse reconhecimento está atrelado aos bons resultados obtidos pelo Shopping Vitória ao longo dos últimos anos. Desenvolvemos um trabalho focado em equipe para oferecer aos clientes a melhor experiência de compras, lazer e entretenimento. A sociedade reconhece esse esforço.
O que te move, o que te inspira e o que te indigna?
Sou muito ligado a minha família e amigos. Me preocupo sempre em me dividir entre trabalho e lazer tentando arrumar um equilíbrio para que minha esposa, Flávia, e meu filho, Lucas, recebam a atenção de que precisam. Já o que me indigna no ambiente de trabalho é a falta de dedicação e aplicação no que se faz, independentemente se você é chefe ou subordinado.
Qual é o papel do líder nestes tempos de crise de representatividade que temos vivido?
Esta não é a primeira crise nem será a última, infelizmente. Por isso, o principal desafio do líder é preparar a empresa para todos os cenários, investir em bases sólidas que permitam atravessar períodos de bonança ou de recessão e pautar ações que resultem na criação de medidas compatíveis com o momento, que garantam a solidez da empresa e, sobretudo, que a mantenha em nível de crescimento em imagem, valores humanos, corporativos e, inclusive financeiro.