A vocação para liderar é importante atributo capaz de auxiliar na construção do destino de corporações e de vidas humanas, em suas diferentes esferas de inserção. Sem liderança genuína, que inspire a trajetória das instituições e da sociedade rumo ao desenvolvimento, a humanidade não avança.
Liderar é, antes de qualquer coisa, inspirar semelhantes a se movimentarem em algum sentido, em busca de determinado resultado. Para tanto, é preciso que as ações de um líder sejam substancialmente compatíveis com os propósitos e os objetivos da instituição que é comandada.
As acentuadas crises econômica e política que atualmente vivenciamos no país decorrem da assunção de posições de lideranças, no setor público e no setor privado, sem lastro no fundamento precípuo que sustenta o papel de um verdadeiro líder: a ética.
Os tristes capítulos que vêm diariamente sendo agregados à história do já tão calejado Estado brasileiro revelam a atuação perniciosa de supostos “líderes”, que atuam e/ou atuaram de modo incompatível com a ética. Julgaram, erroneamente, que poderiam se esconder por trás de suas decisões e de suas práticas.
O líder de uma instituição é, em última instância, quem a representa. Representar alguém – pessoa física ou jurídica, pública ou privada – é tarefa que exige retidão e muita transparência. Agir em nome de outrem, na busca do seu aperfeiçoamento e do seu avanço, significa atuar de maneira clara, exercendo diariamente a difícil atribuição de fazer escolhas que se compatibilizem com as reais necessidades daquele que é representado.
Para além da probidade imanente ao exercício de uma autêntica liderança, liderar, nos dias atuais, exige, ainda, grande dose de ousadia, de criatividade e de determinação. Ousadia, para quebrar paradigmas que não mais se justificam e que se revelam obsoletos e inservíveis nas atuais coordenadas de tempo e de espaço. Criatividade, para construir novas possibilidades (que estejam “fora do quadrado”) de lidar com os desafios que o momento apresenta. E determinação, para perseguir com entusiasmo os objetivos estipulados.
Em tempos de crise, mais do que nunca, liderar é preciso!
Cristiane Mendonça
Secretária de Estado da Fazenda