Nesta segunda-feira, o Brasil acordou diferente. Sensação de que está faltando alguma coisa, uma saudade, uma vontade de viver tudo outra vez. Foram pouco mais de duas semanas intensas, que nos fizeram esquecer das dúvidas que tínhamos ao pensar se realmente daria certo.
Rio 2016. Ah, Tivemos belas e boas surpresas, sofremos com os atletas, brincamos com a torcida, ficamos sem voz por tanto gritar. Tivemos a chance de conhecer esportes que pouco temos acesso. E de ficar emocionados com os que conhecemos muito bem.
O brasileiro deu show de simpatia, soube mostrar o que tem de melhor. Nosso sorriso, nossa facilidade de fazer amigos, ficaram tatuados nesta edição dos jogos. Vaiamos sim, teve quem reclamou, mas no fim até os adversários já achavam graça da torcida inconfundível. Vibramos com os grandes campeões, mesmo que eles não carregassem nossa bandeira.
Pelo menos não no momento da competição… Porque bastava que ela terminasse, para que muitos ídolos compartilhassem o amor pelo nosso país. E nós… retribuímos o carinho.
Não apenas com a atitude dos atletas mais famosos… mas também com a força de trabalho dos mais de 50 mil voluntários… que largaram sua rotina, que se capacitaram, que buscaram fazer o melhor… pra receber muito bem o mundo em casa. Não chegamos à meta de ficar entre os dez, mas batemos todos os nossos recordes em número de medalhas. E cada uma delas teve um sabor!!!
Do primeiro ouro, com Rafaela Silva no judô, ao último, com os gigantes do vôlei. Seja nas disputas individuais, seja no coletivo, fomos incríveis. E pra valorizar ainda mais as vitórias, nossos adversários tornaram tudo mais difícil, em batalhas eletrizantes.
Fizemos história na canoagem, onde nunca havíamos subido ao pódio olímpico! Bem como no salto com vara, quando conhecemos uma estrela, antes, quase anônima pra nós.
Aplaudimos em pé a atleta da Etiópia que correu descalça metade da prova, ao perder a sapatilha. Do mesmo jeito que não hesitamos em cobrar a verdade dos nadadores americanos que inventaram um assalto. Aqui não, brother!
Soubemos perder, mas também soubemos ganhar!!! No mar, ou na areia – onde os capixabas conquistaram o primeiro ouro olímpico! O segundo, não é que veio logo depois, com Luan?
E assim, nos despedimos da Olimpíada. A Rio 2016 fica pra história como os jogos que encantaram o mundo. E que nos devolveu o orgulho de dizer: #somostodosbrasileiros.
Andressa Missio, Editora-chefe e Apresentadora do Fala Manhã, TV Vitória, Record