Conceito muito associado às questões ambientais, a sustentabilidade na prática nos impõe desafios, escolhas e dilemas. No seu melhor e mais básico entendimento, a sustentabilidade nos recomenda que as nossas decisões devam levar em conta os aspectos não só ambientais, mas também os sociais e econômicos.
Para ilustrar este conceito se diz que é um tripé, ou uma pirâmide triangular. Nesta visão pode-se entender como algo estático, ou que os pesos de cada aspecto (ou dimensão) sejam permanentes e igualmente presentes. Mas a vida é dinâmica e nossas decisões podem mudar, a depender de qual ponto de vista ou circunstância damos nosso veredicto, tomamos nossa decisão.
Complementando o conceito, é recomendado que não pensemos só no presente, mas principalmente no futuro, de sorte que as gerações do amanhã possam se satisfazer igualmente como as de hoje.
Assim, melhor é representar a sustentabilidade como um móbile, aquele brinquedinho que se pendura no berço de um bebê. No seu equilíbrio dinâmico, os pesos das peças podem variar provocando desequilíbrios momentâneos que, depois, voltam a se equilibrar. E complementando, melhor entender a sustentabilidade como uma direção a ser tomada, e não como um status das coisas, alvo que se atinge.
Um exemplo ilustrativo é a construção de uma estrada em que aspectos ambientais são bem impactados para trazer benefícios econômicos e sociais. Os aspectos ambientais prejudicados devem então ser minimizados, ou mesmo compensados. Se pensarmos só nos aspectos ambientais e, ou, só na necessidade presente, a estrada não seria construída.
Outros exemplos, com grandes dilemas, se nos apresentam no Brasil. São eles a Reforma da Previdência e a PEC do Teto dos Gastos da União. As perdas devem ser compensadas e minimizadas e o nosso olhar deve estar principalmente nas futuras gerações de brasileiros.
*Robson Melo é engenheiro e consultor para a Sustentabilidade