Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros Representantes de sete agências de propaganda do Espírito Santo estiveram presentes nas discussões e debates da 2ª edição do FORUM MERCADOS BRASILEIROS realizado na semana passada em São Paulo. A representação capixaba com Luiz Roberto Campos da Cunha, diretor da Danza Estratégia e Comunicação e presidente do Sinapro-ES, Fernando Manhães, diretor do Grupo Prix e presidente da Abap_ES, Mário Guerra, diretor da Set Comunicação, Pierre Debbané, diretor da MP Publicidade, Rimaldo de Sá Jr, diretor da Prósper Comunicação, Queiroz Filho, da Ampla Comunicação e Leonardo Gambine, diretor da RG Marketing e Propaganda. Na foto, boa parte da delegação capixaba, ficando fora Queiroz Filho e Mário Guerra.
Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros 2 Mídia e Mercado acompanhou todos os debates e destacou a importância da participação ativa dos capixabas, informou nas edições passadas partes importantes dos debates e temas discutidos no 2º Fórum Mercados Brasileiros, promovido pela ABA e FENAPRO visando ampliar a participação dos mercados regionais e a regionalização da mídia. Com o retorno dos publicitários, fomos ouvir os participantes as opiniões deles para preparar o mercado para a tão esperada valorização dos mercados regionais. Abaixo, seguem os depoimentos dos publicitários que lá estiveram presentes.
Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros 3 – Foi um grande Evento, e a representatividade da bancada capixaba foi um destaque à parte. Acredito que, e vou confirmar esta informação, mas a nossa participação só não foi maior que a dos paulistas, que estavam em casa e é o maior mercado brasileiro de propaganda. Temos que ressaltar a importância desta participação. A situação do Espírito Santo é particularmente delicada. A discussão se concentrou na regionalização das grandes verbas. Ocorre que no nosso caso, estamos sozinhos no sudeste entre os gigantes das verbas, São Paulo, Rio e Minas Gerais. Se não lutarmos, ficamos de fora do jogo, que vai acabar privilegiando apenas nordeste, norte, centro oeste e sul. Precisamos envolver também os Veículos de Comunicação nesta luta, que é do interesse de todo o nosso mercado. Depoimento de Luiz Roberto Campos da Cunha, diretor da Danza e presidente do Sinapro-ES.
Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros 4 O encontro promovido pela ABA em São Paulo com o tema da regionalização das verbas e dos mercados, reforçou a constatação de grandes marcas e anunciantes de que é preciso um sotaque local para maior eficácia das suas ações. Os ganhos não são só na questão da adequação mais fina dos conteúdos, mas, principalmente, do conhecimento das especificidades de cada região e a melhor forma de se comunicar com públicos tão diversos. Além disso, o evento nos premiou com apresentações muito interessantes de Institutos de Pesquisa, sobre a realidade atual de nossa demografia e hábitos de consumo, entre outros assuntos relevantes. Depoimento de Pierre Debbané, diretor da MP Publicidade.
Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros 5 – o presidente do Grupo Prix, Fernando Manhães, esteve presente no evento e ressaltou que o mercado publicitário caminha cada vez mais na direção da regionalização, onde o jogo é jogado no mercado local. As pessoas vivem e consomem é no mercado local. Entretanto , a regionalização ainda é uma tese para muitas empresas e perdem oportunidades para aproximarem de seus clientes e ativarem as suas marcas. Tem empresa nacional que está terceirizando as suas marcas para empresas sem conhecimento dos diversos mercados que atuam. É um aprendizado. O mais importante é que sabemos que estamos no caminho certo. A regionalização também passa pela melhor aplicação das verbas públicas do Governo Federal. Não tem cabimento a Caixa ou o Banco do Brasil, por exemplo , que atuam em todo o território nacional e são bancos de varejo, não terem ações regionalizadas e não se utilizarem das agências nos diversos estados . Outro fato, é que também perdem os veículos de comunicação dos estados menores que tem suas verbas concentradas via satélite ou nos grandes veículos nacionais. È uma luta e ela só está começando, afirmou Fernando Manhães, diretor presidente do Grupo Prix e presidente da Abap-Espírito Santo.
Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros 6 – O Espírito Santo está de parabéns! Foi de fato uma delegação de peso e de muita representatividade. O mercado capixaba se fez presente. Isto mostra união, amadurecimento e comprometimento com o nosso negócio. Não há mais espaço para cuidarmos e olharmos apenas do nosso umbigo. Juntos seremos sempre mais fortes. Nossas conquistas dependem deste espírito de união. Quero aqui aproveitar para parabenizar Luiz Roberto Cunha e Fernando Manhães, que, como dirigentes das duas principais entidades representativas da nossa classe, respectivamente, o Sinapro_ES e a ABAP_ES, estão conduzindo com maestria os interesses de todo o mercado. O evento foi oportuno e a discussão da regionalização será sempre um debate que nos interessa. E só teremos alguma chance de sucesso se tivermos unidos, foi o que afirmou Queiroz Filho, presidente da Ampla Comunicação.
Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros 7 – O Brasil tem agido para descentralizar o crescimento, e a comunicação precisa acompanhar o contexto econômico. Hoje, 80% das verbas publicitárias estão concentradas no eixo Rio-São Paulo, mas o consumidor não está só nesses dois estados. Se as grandes marcas querem falar com o seu público, precisam de profissionais que o conheçam. Por isso, a regionalização do mercado passa a ser decisiva na adequação da mensagem, senão ela não vende. Eventos como o Fórum que debateu a Regionalização dos Mercados são fundamentais para avaliar o comportamento de marcas, agências e governo. Vimos que existem bons profissionais e agências fortes espalhados por todo o Brasil, e o mercado do Espírito Santo, dada a participação de suas principais agências, demonstrou que está inserido nesse contexto de amadurecimento, avaliou o publicitário Rimaldo de Sá Jr, diretor da Prósper Comunicação.
Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros 8 Sinapros fazem reivindicação e representantes da entidade produziram ofício solicitando medidas à Secom. Diversos capítulos do Sinapro (Sindicato das Agências de Propaganda) aproveitaram II Fórum Mercados Brasileiros, realizado na última terça-feira, dia 27 de setembro, para reivindicar ao Governo Federal a regionalização de contas públicas. No total, 14 representantes da entidade assinaram documento que foi entregue a Roberto Messias, secretário de comunicação integrada da Presidência da República, recomendando à Secom (Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal) que coloque em prática a solicitação aprovada durante o IV Congresso Brasileiro de Publicidade, realizado em 2008. No evento em questão, a comissão A realidade dos mercados regionais recomendou a inclusão, nos editais de licitação pública de publicidade, no item capacidade de atendimento, de cláusula exigindo a parceria com agências regionais o que contaria pontos positivos no processo. Fazendo isso, o Governo estará dando um passo extraordinário na redução das desigualdades entre São Paulo e o resto do País, fortalecendo enormemente as agências de propaganda, veículos, produtoras, gráficas e diversos profissionais de comunicação desse imenso Brasil, destaca o documento. Dessa forma, temos a certeza de estarmos em sintonia com o espírito do governo da presidenta Dilma Rousseff, que é de democratizar cada vez mais as oportunidades desse imenso País, completa a carta. Messias, que ministrou palestra durante o fórum promovido pela ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e pela Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) falando sobre os mercados regionais, prometeu, ao receber o ofício, a encaminhá-lo à ministra de Comunicação Social, Helena Chagas.
Espírito Santo presente no Fórum Mercados Brasileiros 9 Interiorização é o caminho para o crescimento do país e da propaganda. Durante o II Fórum Mercados Brasileiros, especialistas do Ibope Inteligência, Nielsen e consultores como Stephen Kanitz apontaram as oportunidades da regionalização. O Brasil é um mercado autossuficiente, que pode crescer sem depender da exportação, e com base no que tem de mais forte: o poder de consumo de seus mercados regionais e de sua população de 193 milhões de habitantes. A interiorização como caminho para o País crescer e a importância da regionalização dos negócios e da comunicação brasileira foram temas do II Fórum Mercados Brasileiros, realizado na última terça-feira em São Paulo, com a presença de 230 profissionais de comunicação de todo o País. Com o tema País rico é país regionalizado, o II Fórum Mercados Brasileiros, promovido em parceria pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (FENAPRO) e Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), teve como objetivo discutir e incentivar a regionalização das atividades mercadológicas e da comunicação brasileira.
País rico é país regionalizado – O futuro do País são as pequenas cidades e o interior, afirmou o consultor Stephen Kanitz, autor do livro O Brasil que dá certo, cujos prognósticos acertados o tornaram referência no meio empresarial. A interiorização precisa ser reforçada, observou Kanitz, em cuja opinião, os mais de 5,5 mil municípios brasileiros ainda representam um número reduzido face ao tamanho do País. Na avaliação de Antonio Carlos Ruótolo, diretor de Geo Negócios do Ibope Inteligência, já se constata uma clara e acentuada interiorização da economia. Ele apresentou um estudo comparando a evolução demográfica e a participação no PIB dos municípios brasileiros e observou que o Ibope Inteligência inclusive identificou 47 municípios que serão cidades do futuro. Há cidades em todo o país que estão se tornando centros regionais – e não são as capitais, ressaltou Ruótolo, ao explicar que municípios muito pequenos estão se esvaziando, ao mesmo tempo em que outros passaram a aglutinar a população que está migrando. Há uma nova evolução demográfica e de consumo, por isso a riqueza tem que ser vista e pensada com foco regional.
A regionalização e os números que apontam crescimento – O presidente da FENAPRO, Ricardo Nabhan, observou que a força econômica e de consumo das diversas regiões brasileiras tem ajudado o Brasil a conquistar uma posição econômica mais sólida em momentos de crise internacional como a que vivemos agora. Atender às necessidades de consumo dos mais de 193 milhões de brasileiros é algo mais forte que as bolsas, os mercados futuros ou a crise européia e norte-americana. Por isso, segundo ele, é fundamental as empresas olharem para os mercados regionais. As mudanças demográficas também impõem um olhar atento a esses mercados, destacadamente aqueles com potencial maior de expansão. Na avaliação de Kanitz, os Estados com maior capacidade para ampliar a regionalização são Minas Gerais (que possui o maior número de municípios do País), São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Ibope Inteligência chama a atenção para o fato de que as regiões nas quais a população mais cresce fator relevante para o futuro potencial de consumo – são o Norte e Centro-Oeste, com índices, respectivamente, de 2,1% e 1,9% ao ano, enquanto a média nacional é de 1,2%.
A regionalização e os números que apontam crescimento – A Nielsen do Brasil, que avalia o desempenho das vendas de 140 categorias de produtos, inclusive regionalmente, observou que, enquanto a média de crescimento da cesta de produtos dessas categorias que inclui bebidas alcoólicas e não alcoólicas, higiene e beleza, limpeza, mercearia doce, mercearia salgada e perecíveis atingiu 26% nacionalmente nos últimos anos, na região Nordeste o crescimento foi de 33%, e na região Sul, de 30%. Segundo estudo da Nielsen, as vendas estão sendo alavancadas, em todo o Brasil, com base em cinco principais vetores praticidade, saudabilidade, sofisticação, indulgência (recompensa pessoal) e busca por preço competitivo aliado a marca. Mas, em cada região, predominam vetores diferentes, de acordo com o perfil dos consumidores. Na Grande São Paulo, prevalece a demanda por produtos saudáveis, práticos e sofisticados, o que significa mais vendas, por exemplo, de pão industrializado e iogurtes. Na Grande Rio, predomina a indulgência, o que se reflete nas vendas de bebidas e cigarros.
A regionalização e os números que apontam crescimento – No Nordeste, a indulgência também começa a fazer parte da cesta nordestina, ao mesmo tempo em que se busca mais sofisticação. Nas classes D e E, há uma migração de produtos básicos para outros de maior valor agregado, incluindo novas categorias e marcas mais caras. Já na região Sul, o consumo é puxado por itens de praticidade e sofisticação, e verifica-se a migração para marcas de maior valor agregado. O consumidor regional tem preferências e particularidades que nem sempre são percebidas e respeitadas, e o processo acelerado de inclusão econômica está mudando o perfil do consumo. Por isso, a comunicação precisa acompanhar essa mudança, e chegar até esses novos consumidores com ações e estratégias adequadas à realidade, à cultura e linguagem de cada região, alertou SaintClair Vasconcelos, VP da FENAPRO, ao completar que a regionalização é a solução viável para garantir o crescimento harmônico da economia.