QS World University Rankings, um dos principais especialistas em educação superior do
mundo, divulgou seu ranking global de universidades para 2024 – e a Universidade de São
Paulo (USP) emergiu para a 85ª posição (115ª no ranking anterior), com pontuação geral de
62,8. Esta é a primeira vez que uma universidade brasileira conquista uma posição no top 100 global do renomado sistema QS (Quacquarelli Symonds).
O aumento na empregabilidade dos ex-alunos e a melhora na reputação internacional da USP justificam a conquista de 30 posições em relação à 2023. Os demais critérios, já presentes nos anos anteriores, continuam fortes na instituição: número de professores por aluno, produção científica e taxa de estudantes vindos de outros países.
Bem Sowter, vice-presidente sênior da QS, afirma que “o desempenho do Brasil nesta edição
do ranking traz um alívio bem-vindo após uma trajetória de queda nos últimos anos. A USP
atinge um marco significativo e entra no alto escalão de excelência global. É essencial que o
país priorize o financiamento do ensino superior e as parcerias globais para sustentar seu
progresso.”
Destaques na América Latina
A Universidade de São Paulo é a nova líder na América Latina, ultrapassando a Universidade de Buenos Aires (UBA), Argentina, que no ano passado era a única instituição da região no top 100 global, quando ocupava a 67ª posição, com 68,9 pontos.
No novo ranking QS, a UBA perde 28 posições e aparece em 95º lugar (61 pontos), inclusive
sendo ultrapassada pela Universidade Nacional Autônoma (UNAM), no México, que
conquistou a 93ª colocação (com 61,4 pontos gerais).
Novos indicadores
Apresentando 1.499 instituições em 104 locais, o QS World University Rankings 2024
considerou três novos indicadores para refletir tendências mais amplas na educação e na
sociedade: compromisso com a sustentabilidade; ênfase ainda maior no apoio à
empregabilidade de graduados; e maior colaboração internacional em pesquisa para resolver
os maiores desafios do mundo.
Instituições na Europa e Estados Unidos novamente dominam as 10 principais classificações,
muitas das quais receberam pontuações perfeitas de 100 em indicadores como: “Reputação
acadêmica”, “Reputação do empregador” e “Relação corpo docente/estudante”.
As primeiras colocadas no QS World University Rankings 2024
O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) – 100 na pontuação geral – continua no topo do ranking pelo 12º ano consecutivo. Universidade de Cambridge e Oxford, ambas no Reino Unido, ocupam a segunda e terceira posições, com pontuações de 99,2 e 98,9, respectivamente.
Em seguida estão mais duas americanas: Universidade de Harvard (4º lugar) e Stanford (5º),
com pontuações respectivas de 98,3 e 98,1. Imperial College London (97.8 pontos), no Reino
Unido, e ETH Zurich (93,3), na Suíça, aparecem no 6º e 7º lugares do ranking.
A National University of Singapore (NUS) é a única instituição da Ásia a constar no top 10,
ocupando a 8ª colocação, com uma avaliação de 92,7 pontos no QS.
Fechando o top 10, a University College London – UCL e a Universidade da Califórnia –
Berkeley (UCB) conquistam a 9ª e 10ª posições, com notas 92,4 e 90,4, respectivamente.
A University of California (UCB) é a única instituição a obter uma pontuação perfeita de 100 no novo indicador de “Sustentabilidade”, seguida de perto pela Universidade da Pennsylvania (classificada em 12º), Universidade de Toronto (21º) e British Columbia (34º) – todas com pontuação de 99,9 no que se refere a esse indicador.
A Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, é a 11ª colocada no QS 2024, com 90,3 pontos gerais no ranking, destacando-se nos quesitos “Reputação acadêmica” e “Empregabilidade”.
Estreantes no ranking QS
Este ano o QS apresenta 85 novas instituições participantes – mais da metade são da Ásia, com Bangladesh (11 novas instituições), Indonésia (10), Índia e Malásia (cinco cada) e Cazaquistão (quatro), tendo a maior representação.
Outros novos locais apresentados no ranking 2024 incluem Islândia e Luxemburgo (com uma instituição cada); Nigéria (duas) e Etiópia (uma). Os melhores resultados entre os novos
participantes foram demonstrados pela Universidade Hamad bin Khalifa, do Qatar, e pela
Universidade de Luxemburgo, garantindo seus lugares entre as 400 primeiras.
Em entrevista recente, o fundador e presidente da QS, Nunzio Quacquarelli, disse: “Embora
sempre tenhamos tentado permanecer consistentes em nossa metodologia, também devemos evoluir para refletir as mudanças nas missões das universidades.”
“Reconhecemos que a comunidade estudantil global que atendemos entende o significado da crise climática e vê uma responsabilidade real entre as instituições em apoiar a agenda da
sustentabilidade”, completou.
Outras universidades brasileiras no QS World University Rankings
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – 220ª colocada;
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – 371º lugar;
Universidade Estadual Paulista (Unesp) – 419º;
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) – 595º;
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – de 691º a 700º;
Universidade Federal do Rio Grande Do Sul (UFRGS) – de 691º a 700º;
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – de 731º a 740º;
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – de 801º a 850º;
Universidade de Brasília (UnB) – de 801º a 850º.