Segundo o IBGE, o gato é o segundo animal preferido pelos brasileiros. A população de gatos em lares brasileiros foi estimada em 22,1 milhões, o que representa a média alta de aproximadamente 1,9 gato por domicílio.
O PET já virou membro da família e é por isso que os cuidados com eles nunca são demais. Mas e quando o gato adoece? Para algumas enfermidades que atingem os felinos, como problemas ósseos, musculares, doenças como displasia coxofemoral, insuficiência renal, aplasia de medula, lesões na coluna e até mesmo para problemas oftalmológicos, a terapia com células-tronco, que tem baixo custo, pode ser uma alternativa de grande eficácia. Devolver a alegria de viver aos nossos bichinhos não tem preço e é por isso que saber no que consiste a terapia celular é tão importante para que o tratamento se popularize e possa recuperar cada vez mais gatinhos.
O efeito benéfico das células-tronco é bem conhecido para doenças articulares, ósseas, tendíneas e ligamentares. O número de animais tratados no mundo todo para estas doenças mostra que a terapia celular pode curar. Para muitas outras doenças, como a insuficiência renal, a utilização das células-tronco no processo de cura do animai ainda está em estudo. Para a bióloga, doutora em imunologia e diretora da CellVet- Medicina Veterinária Regenerativa, Nance Nardi, os resultados mostram que as células podem sim auxiliar na recuperação, mas não se pode fornecer ainda um prognóstico exato. “Na insuficiência renal tratada com terapia celular em gatos, podemos observar uma melhora na qualidade de vida do paciente, mas há variações devido a características individuais de cada animal”, diz Nance.
Os gatos domésticos, que têm uma vida média de 15 anos, ao atingirem a meia idade geralmente têm problemas renais, muito comuns neste tipo de animal. Nos felinos, a insuficiência renal possui sintomas como cansaço, perda de apetite, vômitos e diarreia. Segundo a especialista Nance Nardi, esta é uma das doenças para as quais a terapia celular tem sido estudada e indicada como opção de tratamento.
E como funciona o tratamento? As células-tronco são derivadas do tecido adiposo do próprio animal, ou obtidas a partir do Banco de Células da empresa, após cultivo e expansão. São então injetadas na área lesionada ou, no caso de insuficiência renal, por via endovenosa, para que migrem e regenerem o tecido danificado. O tratamento é indolor e rapidamente já se percebe uma melhora no PET, além de também ser natural, já que utiliza células programadas pelo próprio corpo para curar as áreas lesionadas.
A CellVet, que fez de Porto Alegre a segunda capital brasileira a possuir um banco de células-tronco, fornece células para uso de veterinários credenciados. Na sede, mantém um banco de células-tronco congeladas para uso em diferentes enfermidades.