Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do Brasil levantou alguns dados importantes para alertar tutores sobre os investimentos que envolvem a vida com animais de estimação. O objetivo, segundo os realizadores, foi compreender de que forma os donos de pets administram os gastos com seus animais de estimação, bem como os impactos da crise financeira nestas compras.
O levantamento, feito com internautas que possuem ou são responsáveis financeiros por um animal de estimação, mostra que 60% dos entrevistados não se planejaram financeiramente para a aquisição do pet e 20% gastam mais que o orçamento permite com compras direcionadas a ele. Os motivos para tais atitudes estão relacionados, claro, a fatores emocionais, como acreditar que o animal merece (30% dos entrevistados) e a sensação de felicidade que uma compra para o animal proporciona (24%). Outro dado importante levantado é que 35% dos donos afirmam esbanjar nos gastos com alimentos sem se importar com o impacto no orçamento, 22% com serviços de pet shop e 20% com brinquedos! Como será que isso reflete nas finanças da família?
Há quem acabe caindo nas dívidas. Segundo a pesquisa, 14% dos tutores já ficaram com o nome sujo devido a compras com produtos e serviços relacionados a pets. Mas quem tem pet sabe: alguns gastos aparecem de surpresa – cerca de 73% dos entrevistados já tiveram gastos imprevistos com o animal de estimação, mais da metade devido a doenças. Além disso, a pesquisa também revelou um certo impacto da crise econômica do país: 75% das pessoas afirmaram ter reorganizado os gastos com pets a fim de manter o orçamento em dia, sendo que 29% têm comprado somente produtos essenciais e 23% reduziram as idas ao pet shop ou ao veterinário (19%).
Os números que o SPC Brasil apontou servem para deixar tutores especialmente atentos. A posse responsável inclui o planejamento dos gastos visando evitar problemas tanto de endividamento quanto de possíveis impedimentos a determinados investimentos necessários, especialmente de saúde, que podem ser repentinos. Para José Vignoli, educador financeiro do portal de educação financeira do SPC Meu Bolso Feliz, “os gastos precisam ser controlados mensalmente, assim como qualquer outra despesa da casa, para não chegar a comprometer o orçamento”. Ele ainda deixa alguns conselhos. “Uma dica é evitar idas não planejadas ao pet shop e fazer uma lista antes de sair de casa, pensando em adquirir apenas o necessário. Outro ponto importante é formar uma reserva financeira para estar preparado em casos de emergência”, indica.
Fica a lição: atente-se ao quesito financeiro nos cuidados com seu pet! 😉
*Metodologia e mais detalhes da pesquisa: Clique aqui.