“Ele é como um filho para nós. Sentimos o amor que tem por nós e obviamente o amamos muito também”. A justificativa da administradora Juliana Sartorio, que casou em setembro deste ano, é a mesma de quase todo mundo que decide inserir o pet na cerimônia de casamento. Além de valorizar a importância que o pet tem na família, o ato ainda deixa a festa diferente e divertida: quem resiste a um cãozinho entrando no altar todo caracterizado?
No caso da Juliana, havia ainda outro fator emocional: o Simba, cachorrinho do casal, foi um presente do marido Thiago nos primeiros anos de namoro, quando ela se mudou para Vitória. Depois que decidiram inseri-lo na cerimônia foi fácil, já que Simba é um spitz alemão muito tranquilo e comportado – prova disso é que o casamento aconteceu em Itacaré, no Txai Resort, e o cãozinho se locomoveu em ônibus fretado sem que quase ninguém notasse sua presença.
É justamente o comportamento e nível de adestramento do pet que fará a diferença para que a participação dele na cerimônia dê certo. Se o pet é muito ansioso, apegado aos donos ou desacostumado à convivência com pessoas diferentes, a participação pode ser difícil para ele e acabar estressando-o. Mas mesmo que se trate de um pet dócil, a assessora de eventos Danielly Simmer, acostumada a atender o pedido por parte dos noivos, indica que “o casal possa determinar um humano para acompanhá-lo antes e durante a entrada. Vale lembrar que é importante ser alguém que o animal conheça e se relacione”. Após a cerimônia, Danielly indica ainda que haja alguém que possa levar o pet novamente para o seu ambiente de conforto, já que tantos ruídos e pessoas diferentes podem assustá-lo ou cansá-lo. A noiva Juliana fez assim e deu certo: programou a entrada com daminha e pajem já acostumados com o Simba, que foi guiado na coleira no momento da entrada. “Ele se comportou muito bem. Depois que terminou a cerimônia, ele foi levado para o quarto, onde deixamos água e comida para ele, e em seguida voltou para a festa. Foi tranquilo pois todos os convidados já o conheciam”, relembra.
Em que momento?
Uma opção comum de participação é na entrada das alianças. Como esse é um dos momentos mais importantes do ritual, Danielly aconselha: “O ideal é que antes da cerimônia o pet possa estar inserido no local para se ambientar. É importante também verificar a segurança das alianças, caso queiram amarrar no animal”. Para garantir, uma dica é usar alianças falsas para o pet e deixar as reais com um padrinho, já no altar.
Outro detalhe que não dá para esquecer é que se a cerimônia for incluir fotos de artifício ao fim da celebração, o animal deverá ser retirado antes, já que eles normalmente têm medo e podem ficar traumatizados.
Valorize o conforto
O pet vai usar roupinha ou algum acessório para caracterizá-lo com o clima da festa? Não deixem que o pet “conheça” as peças somente na hora da celebração. Quando for treiná-lo e nos dias anteriores à cerimônia, vestir/colocar os itens garantirá que ele se acostume – vocês poderão, também, observar se há algo que incomode, para fazer mudanças se necessário.
Atenção às regras
Depois de analisar se o pet está apto a entrar de forma tranquila e sem estresses, a primeira medida é investigar se a entrada do animal é autorizada. A Igreja Católica, por exemplo, não permite a participação, mas os cerimoniais estão cada vez mais permissivos. “Esse tipo de pedido está muito comum e como os casamentos em cerimoniais estão aumentando, há mais liberdade para introduzir os pets nas cerimônias”, indica a assessora Danielly.
Leve numa boa
Por mais planejados que sejam, eventos sempre podem ter o fator imprevisto. Imagine no caso dos pets, que não entendem muito bem o que está acontecendo! Quem topa levar os bichinhos para o casamento deve entender isso muito bem para não acabar frustrado com possíveis “mudanças de rota” que aconteçam. No fim, o pet divertirá e deixará a festa linda, de qualquer forma! 👰