Aqui no Petblog, temos uma categoria chamada “Quem ama, cuida”. Essa é uma das afirmações que mais acreditamos, enquanto amantes dos pets. Além de acreditarmos que os animais merecem receber de nós, seres humanos, somente amor e carinho, o Petblog defende que isso se faz com muita atenção e cuidado dedicados a eles – muita mesmo!
Por isso, acompanhamos com tristeza as notícias recentes relativas a acusações de maus tratos a pets num canil de Vila Velha (ES), noticiadas no Folha Vitória (entenda o caso aqui e aqui). Foi constatado que as donas não possuíam licença ambiental para exercerem a atividade de canil e, além disso, as próprias donas confessaram não possuírem formação acadêmica para a realização de serviços veterinários no local. Não há também no canil um responsável técnico (veterinário) para dar assistência aos cães, conforme exigido por lei.
O caso serve de alerta para duas questões muito importantes: a necessidade de dedicar máxima atenção na escolha do local para a compra de pets e, ainda, no momento de escolher o profissional que acompanhará a saúde deles. A médica veterinária e conselheira do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo (CRMV-ES), Virgínia do Carmo Teixeira Emerich, lembra que “todo estabelecimento cuja atividade requer a participação de médico veterinário, como é o caso das clínicas, consultórios, hospitais, hotéis, canis de criação e comercialização de animais, lojas e pet shop, entre outros, estão obrigados a registrar-se no Conselho de Medicina Veterinária das regiões em que se localizam”.
O que observar
Com o devido registro em mãos e a legalização perante a autoridade municipal, são obrigatórias ainda a licença de funcionamento e alvará expedido pela autoridade sanitária competente. É comum que os estabelecimentos exponham estes documentos no local para que os clientes possam visualizar – caso não os encontre numa visita, peça para ter acesso a eles. “Em posse dos dados do estabelecimento que se pretende levar, como nome da empresa, CNPJ e dados do Responsável Técnico, é possível ainda consultar os órgãos licenciadores como Vigilância Sanitária, MAPA e CRMV-ES para verificar se este estabelecimento está regularizado”, reitera Virgínia.
Quando falamos da compra de pets, o cuidado deve iniciar com uma pesquisa muito minuciosa. Já ouviu a expressão “O barato que sai caro”? Pois bem, desconfie de preços muito atrativos, que podem significar falta de cuidado com os cães, e de vendas realizadas em sites de comércio online – geralmente, estão relacionadas a criações irresponsáveis e irregulares. Não tenha vergonha de perguntar tudo o que puder sobre a origem daquele animalzinho que gostou. Afinal, isso é zelo!
Depois que o pet (de procedência segura ou adotado com responsabilidade) chega ao dono, é hora de manter o mesmo cuidado na escolha do veterinário. Nestes casos, não é muito diferente de quando escolhemos um médico para nós mesmos: buscar indicações com pessoas de confiança é o melhor caminho. Feito isso, é sempre bom fazer uma visita às instalações e conferir a situação de higiene do local e a estrutura, com equipe suficiente para atender bem. Observe também o tratamento dado pela equipe aos animais e informe-se sobre todos os serviços oferecidos.
Não cumpriu? Denuncie!
Caso identifique qualquer prática irregular, o CRMV-ES recomenda que as denúncias sejam feitas aos órgãos competentes. As denúncias à Vigilância Sanitária de Vitória podem ser feitas no serviço Fala Vitória, no número 156, e o CRMV-ES também está à disposição pelo e-mail [email protected], telefone 27 3324-3877 ou diretamente na sede do Conselho, na Enseada do Suá, em Vitória. Este é um trabalho de todos nós!