Queridos leitores,
Aproveitem a leitura e vejam como, às vezes, retiramos da vida o que investimos nela…
Bom final de semana! Grande abraço, Betânia.
Vidas Paralelas
Autor: Wilson Grassi
Antônio nasceu em berço humilde, teve uma criação rude, cresceu, ficou um homem forte, física e emocionalmente. Separou-se da família, se mudou para cidade grande e trabalhou duro. Nunca mais teve notícias dos irmãos.
Mel nasceu nos fundos de uma oficina mecânica, em parto difícil, com mais 9 irmãos, dos quais foi separada e nunca mais viu.
Após dar muito duro, Antônio comprou um terreno na periferia e construiu sua casa. O lugar era tido como perigoso e ele decidiu colocar um cachorro no quintal para cuidar do patrimônio.
Mel foi parar ainda filhote neste quintal e ganhou este nome, pois seu pêlo era dourado. Cresceu, ficou uma cadela grande, porém magra, mas cumpria seu papel. Guardava a casa dia e noite.
Antônio levou anos para terminar a construção do seu imóvel. Mel tinha uma casinha simples, de madeira e que ficava no tempo. Passava frio, mas ainda assim, preferia dormir na soleira da porta, para guardar seu dono mais de perto.
Antônio teve um filho, o qual ensinou que homem de verdade tem que ser duro.
Mel teve uma cria, que tratou com amor, mas que pouco tempo depois do parto foi-lhe retirada, colocada em uma caixa de papelão e desapareceu.
Os anos passaram para os dois.
Mel envelheceu e teve um câncer de mama que, sem tratamento, ulcerou.
Antonio levou Mel apenas uma vez a um veterinário, que disse que o tratamento seria complicado.
Antônio não gostava de fraquezas. Entendeu que a cadela estava velha e que não valeria à pena gastar dinheiro e tempo com ela. Também não poderia contar mais com a cadela para guardar seu quintal.
Mel foi parar no porta-malas do carro e de lá, sem entender nada, foi deixada na beira de uma estrada, longe de casa. Dias depois, vagando desorientada, atravessou a via tentando reencontrar Antônio e foi atropelada. Sentiu dor e solidão.
Antônio ganhou outro cachorro do mecânico e o colocou para cuidar do quintal, na casinha que antes era da Mel.
Mel agora, além do câncer, tinha fraturas em duas patas e não conseguia mais andar, permanecia caída, na beira da estrada.
Antônio se aposentou e seus rendimentos diminuíram.
Mel foi resgatada por um protetor de animais sem dinheiro, mas que percorreu vários veterinários, explicando a situação, até encontrar um que se dispôs a ajudar.
Antônio ficou viúvo, teve problemas de saúde, e começou a depender do filho para tudo, inclusive para sua higiene.
Mel foi operada do câncer e das fraturas. Após 90 dias de tratamento voltou a andar.
O filho de Antônio aprendeu com o pai a não gostar de fraquezas, e colocou-o em um asilo. Achou que não compensava gastar com uma enfermeira, pois o pai já estava velho. Pegou para si a casa que o pai construiu.
Mel se recuperou fisicamente, mas não se esquece de Antônio e sente muito a sua falta, pois o serviu por muitos anos.
Antônio não se lembra do que aconteceu há minutos atrás, mas se lembra de coisas antigas, e que teve uma cadela chamada Mel, que guardava bem o seu quintal.
Mel teve sorte, o protetor que a resgatou conseguiu uma família que a adotou. Engordou pela primeira vez na vida, recebe carinho e tem companhia humana. Hoje dorme dentro de casa, sobre um tapete macio e perto da lareira.
Antônio que sempre foi forte emagreceu muito. Hoje dorme em um colchão fino e tem uma coberta puída. Está há 2 anos sem receber visita do filho e reclama muito para si mesmo, que sente frio e solidão.
Este lindo texto foi retirado da pagina da AMAES: Associação Amigos dos Animais do Espírito Santo. Uma entidade incrível, que faz um trabalho muito sério. Tenta conscientizar a sociedade, tratando de assuntos como saúde dos animais de estimação, guarda responsável, castração, respeito aos animais, avanço da legislação de proteção aos animais e sua aplicação, através de palestras e campanhas. Ajuda, também, animais abandonados, conseguindo centenas de adoções. Conheçam, se encantem e colaborem – www.amaes.org.br
Lindo o texto….
Me emocionei muito….
Pois tenho três cachoros, um de 13 anos e um de 09 anos, e sei bem como é o amor deles para com a minha casa….
Obrigada pelas belas palavras dedicadas à AMAES.
Amei a mensagem,imagino que um animal sente muita falta de seu dono,mas muita das vezes seu dono esquece de seu animal.
Tenho uma cadelinha de 5 aninhos,não me imagino sem ela….Ela faz parte totalmente da minha vida…
Uma verdadeira lição de vida. Mas quem realmente precisa conhecer essas palavras que são os desumanos e que maltratam de verdade os animais, acabam por desconhece-la. Divulguem mais essas belas palavras e a filosofia que nessa terra ainda é AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA.
🙂
ESSA HISTORIA É INCRIVEL ALGO MUITO FRUTIFERO ,COLHEMOS AQUILO QUE PLANTAMOS .PARABÉNS PARA TODOS QUE TEM UM CORAÇÃO AMOROSO, QUE PENSA COMO ESSE PROTETOR DE ANIMAIS .
Emocionante mensagem.
amei esse texto,pois tenho um filhinho chamado snoopy,e amo os animais.e me desculpem a franqueza muitas vezes me sensibilizo mais com animais do que com seres humanos.
Muito linda a msg!!
Incrível… uma lição de vidaa… tenho duas cadelas e uma delas tem 7 anos…. minha vida… Hoje os animais sabem realmente o que é o Amor…
Lindoo.