Nunca imaginei ouvir tanto essa frase “preguiça de começar a fazer sexo, mas depois que começa até curto/gosto”, escuto de homens e mulheres, casados e solteiros, de diferentes faixas etárias… Esse fato pode estar relacionado à vários fatores, dentre eles a falta de desejo é bem comum, caso isso aconteça esporadicamente ainda dá para entender. Agora, se vira rotina é hora de ligar o alerta e entender o que está acontecendo!
Pode ser algo simples, como cansaço ou até mesmo uma disfunção sexual, e neste caso precisamos da ajuda de um profissional especialista para resolver o assunto… Vamos lá entender o que são essas disfunções? E quais são as mais comuns, ligadas ao desejo?
Utilizando como base o que temos de confirmações científicas para entendermos melhor, a referência é o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, que define como uma disfunção sexual toda “perturbação do desejo sexual e das modificações psicofisiológicas que caracterizam o ciclo de resposta sexual e provocam acentuado mal-estar e dificuldades interpessoais” (DSM-IV TR, APA, 2000). Ou seja, uma disfunção sexual pode ser qualquer alteração na atividade sexual (quer seja, na capacidade de sentir desejo, excitação ou de alcançar o orgasmo) do indivíduo, que provoque alguma alteração ou afete a sua vida e as suas relações.
E a fase do desejo, consiste em fantasias em ter alguma atividade sexual, através de imagens ou sensações corporais a respeito de ato sexual, e o desejo de realizar um ato cuja descarga seja através de genitais. E toda alteração persistente nessa fase, pode ser uma disfunção. A mais comum é a hipoatividade sexual, existe tanto em homens quanto em mulheres, onde é mais comum. A diminuição é percebida pelo indivíduo acometido como uma falta de desejo simplesmente, por redução da frequência sexual ou pela rejeição do parceiro como indivíduo excitante (ansiedade ou depressão crônica geralmente diminuem o desejo).
Outra disfunção é a aversão sexual, que é definida como evitação completa de qualquer contato sexual genital com um parceiro. Causada por Vergonha, sentimento de culpa, ou mesmo experiências traumáticas no passado. Existem também algumas medicações (durante o uso contínuo) que podem alterar o desejo sexual, por isso devemos estar atentos a todos os acontecimentos.
O discernimento clínico acerca da presença de uma disfunção sexual deve levar em consideração a questões culturais, sociais e principalmente religiosas do indivíduo, que na maioria dos casos geram uma influência no desejo, nas expectativas e atitudes quanto ao desempenho. Outros pontos que devemos estar atentos são as doenças associadas e o envelhecimento do indivíduo, que podem ajudar no quadro e levar a diminuição do interesse e funcionamento sexual (especialmente em homens), mas existem amplas diferenças individuais nos efeitos da idade.
Por fim, não podemos deixar de falar que situações de stress, cansaço físico extremo, e dificuldades financeiras, afetam um grande número de pessoas, independentes de raça, sexo, cultura ou religião e são os principais causadores de “preguiça sexual”. Vale lembrar que não podemos rotular as pessoas nem estabelecer padrões, pois indivíduos são únicos e sofrem influência do meio que vivem e do meio em que viveram, o que dificulta as relações a dois, por isso, tenhamos mais paciência uns para com os outros e vamos ouvir mais o que o outro tem a dizer (caso você seja o que sempre ouve, passe então a falar mais dos seus sentimentos, desejos e vontades). Bem, vamos ficando por aqui e se tem alguma dúvida sobre esse ou outro assunto, ou mesmo sugestão de tema, entre em contato com a gente.
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