A humanidade hoje passa por um grande momento, em que o conhecimento e a informação estão disponíveis a todos, e todos têm a oportunidade de desenvolver várias habilidades, de irem à busca do autoconhecimento, mas também tem acesso a informação sem fundamento.
E quando se fala em sexualidade muitos confundem com sexo, este de certa forma está relacionado com a reprodução e aos órgãos genitais, enquanto sexualidade está ligada a uma postura de vida, ao prazer e a excitação. E as mulheres têm buscado entender o prazer como um direito, buscando uma nova visão sobre o seu corpo. Esse propósito de uma busca por algo novo a sexualidade tem ido além do conceito “genitalidade”, ela tem despertado mentes e corpos para um nível de consciência sexual mais elevado que melhora como um todo a qualidade de vida abrangendo as funções sensoriais e psíquicas, podendo ter o poder de não só apenas dar prazer mas como também de se permitir senti-ló.
E a busca nos consultórios também mudou antigamente era mais voltado para a busca pelo orgasmo ou a dificuldade de chegar a ele, mas hoje existem muitas quaixas, mas a mais comum é a de não estarem sexualmente satisfeitas. Os três tipos principais de queixas: falta de desejo, incapacidade de atingir o orgasmo e dor durante a relação.
A falta de desejo tem se tornado mais comum devido a sobrecarga e a rotina acelerada de muitas mulheres. Enquanto a ausência de orgasmo, isto é, a dificuldade de sentir prazer pleno, tem sido mais comum entre as mulheres que tiveram uma educação sexual reprimida ou nem tiveram nenhum tipo de orientação. O importante, porém, é reconhecer que as mulheres estão susceptíveis a terem problemas e qualquer mulher pode passar por problemas sexuais.
E existe uma pesquisa da Dra. Carmita Abdo, em que ela afirma que no Brasil, um terço das mulheres nunca atingiu o orgasmo por penetração nem por autoestimulação; um terço alcança o orgasmo vaginal e o clitoridiano e um terço não consegue ter orgasmo dentro da vagina. Relata ainda que embora não se sintam satisfeitas ao término da relação sexual (por não atingirem o orgasmo), a maioria delas nada revela a seus parceiros. Segundo ela o mais importante, porém, não é a falta da satisfação, mas sim a falta de comunicação, diálogo na relação. A ausência de orgasmo pode ser sinal de problemas orgânicos mais sérios como deficiência hormonal, depressão, diabetes ou entre outros, pode estar relacionadas a certas posturas culturais (a educação repressiva é uma delas) que podem repercutir no desempenho sexual da vida adulta. A mulher deve estar sempre atenta as suas dificuldades sexuais, pois podem representar um marcador de sua saúde. Essa mudança de comportamento tem sido fundamental para enfrentar as dificuldades que sempre existiram no universo feminino. Entretanto, além da ajuda profissional, é preciso estimular a intimidade entre os parceiros para que juntos possam descobrir o que traz mais prazer a cada um deles. Se não consegue fazer isso, o terapeuta de casal pode mudar sua vida nessa área.
Pode se dizer que os problemas mais comuns não se diferenciam dos já citados anteriormente, são eles: falta de desejo sexual; incapacidade em obter orgasmo – anorgasmia; dor durante a relação sexual – dispareunia; e incapacidade em ter penetração vaginal – vaginismo. A falta de desejo sexual feminino, também chamada da perda de libido, é o problema mais frequente e acomete uma boa parte das mulheres. E uma justificativa para esses índices não é tão simples, porque as causas são as mais diversas possíveis, como: alterações hormonais (pelo uso de anticoncepcional), parto, amamentação, menopausa, disfunções hormonais e antidepressivos. É possível ainda estar relacionada ao cotidiano e ao estresse, além da dinâmica do relacionamento. Muitos casais acreditam que essa sintoma é falta de amor, quando na verdade o bem-estar dos parceiros no dia a dia da relação é determinante para a sintonia do casal, para o desempenho da relação. Mudanças na rotina podem afetar a comunicação entre os parceiros, gerando o distanciamento entre eles e consequentemente incidindo em sua vida sexual.
E para a falta de desejo, os hormônios colaboram bastante, os homens tem uma ajuda extra, pois a testosterona (hormônio masculino) é o responsável pelo desejo masculino, ela comanda a vontade de fazer sexo, o desejo. Já o estrógeno (hormônio sexual exclusivamente feminino), atua apenas como um “facilitador” da libido, no organismo feminino ele irriga clitóris e o intumesce, prepara o corpo para o sexo. E quando a mulher está no período fértil, às taxas de estrogênio se elevam o que favorece o desejo e, a possibilidade de sexo e fecundação. Mas diante de dados coletados em meio a pesquisa realizada durante os atendimentos, a maioria das mulheres relata que não sentem desejo, ou mesmo vontade de ter a relação, pode se que 50% afirma chegar ao prazer na maioria das vezes. Mas há linhas de pesquisas, principalmente fora do país, que relatam que essa “disposição sexual” nada tem haver com a questão hormonal citada anteriormente, estes índices parecem ser relacionados a pesquisas brasileiras.
Indo um pouco mais além, a vagina é circundada por músculos, e esse por sua vez quando estimulados causam certo desejo (lubrificação), portanto é possível afirmar que se os músculos forem saudáveis e fortes o suficiente, a mulher estará mais disposta para a relação sexual, até porque as contrações promoverem aumento da circulação sanguínea no local. Diante de estudo de caso de pacientes, é possível afirmar ainda que quem gera o desejo é a mente da mulher, o fato de ela pensar no ato sexual ou mesmo “desejar” ter o ato, o faz querer o sexo. O nível de testosterona no organismo feminino é baixo, portanto a grande dificuldade das mulheres sentirem desejo. E outro grande fator para a mulher sentir o desejo sexual é o fato de se sentir desejada pelo parceiro, e pra grande maioria casada, isso raramente acontece, o que gera o desestimulo sexual, imposta pela rotina diária que adentra a vida sexual do casal.
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