Em tempos de coronavírus e isolamento social, o que o brasileiro precisa é de esperança e planejamento. Ainda bem que ele tem ido buscar no lugar certo: nos livros. Prova disso é que as categorias de autoajuda e finanças são as que mais aparecem na lista dos livros mais vendidos na quarentena no Brasil.
O relatório feito pela Nielsen Bookscan, uma plataforma de dados para o setor de publicação de livros, mostra que essas foram as categorias que se destacaram no ranking das 10 obras mais vendidas entre 16 de março e 19 de julho de 2020.
“Do mil ao milhão sem cortar o cafezinho”, do educador financeiro Thiago Nigro, que comanda o canal de Youtube com quase quatro milhões de inscritos O Primo Rico (eu sou um deles :D), é o top mais vendido no período.
“A sutil arte de ligar o f*da-se”, do autor e blogueiro americano Mark Manson vem na vice-liderança da lista. “A revolução dos bichos”, um clássico da literatura mundial que eu gosto demais, escrito pelo britânico George Orwell, é a única ficção no top10 dos livros mais vendidos na quarentena. Achei incrível vê-lo nessa lista.
Aumento nas vendas
O relatório indicou que foram vendidos 2,95 milhões de títulos em todo o Brasil durante o mês de julho, o que corresponde a uma receita de R$ 117,08 milhões. Quando comparado com o mesmo período de 2019, isso significa um aumento de 0,64% em volume e 4,44% em valor.
Esse é o primeiro mês que o número de vendas supera o respectivo de 2019 desde quando a quarentena começou no Brasil, em março. Vale lembrar que as livrarias já estão abertas, respeitando as regras de segurança e higiene e com a maior parte dos livros plastificada para facilitar a limpeza.
Os 10 livros mais vendidos durante quarentena:
“Do mil ao milhão sem cortar o cafezinho”, de Thiago Nigro (HarperCollins)
“A sutil arte de ligar o f*da-se”, de Mark Manson (Intrínseca)
“Mulheres que correm com os lobos”, Clarissa Pinkola Estés (Rocco)
“Os segredos da mente milionária”, T. Harv Eker (Sextante)
“Mais esperto que o diabo”, de Napoleon Hill (CDG)
“O milagre da manhã”, de Hal Elrod (Best Seller)
“O homem mais rico da Babilônia”, de George S. Clason (HarperCollins)
“A revolução dos bichos”, de George Orwell (Companhia das Letras)
“Mindset”, de Carol S. Dweck (Objetiva)
“Pequeno manual antirracista”, de Djamila Ribeiro (Companhia das Letras)
George Orwell na quarentena
Orwell continua em alta mesmo. Outra lista, também feita pela Nielsen a pedido do jornal Estadão, mostrou que “A revolução dos bichos” e “1984” são as únicas obras de ficção que aparecem entre os 15 livros mais vendidos na quarentena entre 23 de março e 12 de julho de 2020.
Essa lista traz também o “Pequeno manual antirracista” da pesquisadora e filósofa brasileira Djamila Ribeiro, em parte por causa dos protestos mundiais gerados a partir da morte de George Floyd nos Estados Unidos. As publicações de Thiago Nigro e Mark Manson também disputam os dois primeiros lugares, respectivamente. Além deles, tem “O Milagre da Manhã”, “O Poder do Hábito”, “Pai rico, pai pobre” e outros livros que sempre tiveram bom desempenho desde o lançamento.
Pois é, a lista dos dez livros mais vendidos na quarentena mostra que, ao que parece, o brasileiro está buscando nos livros inspirações para entender o agora e melhorar o futuro. Que bom, né? E só a título de curiosidade: as buscas pela música O Dia em que a terra parou, de Raul Seixas, triplicaram no Youtube desde março.
Aqui é a Camila De Oliveira, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.
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Li Revolução dos bichos no original há mais de 30 anos. Lembrava de quase nada, exceto a ideia central. Foi muito bom ler seu resumo. Parabéns!!!
Obrigada, Antonio!!