Cor na decoração: quando, onde e como usar?

Cozinha com marcenaria azul projetada por Lais Arêas

Independente do seu estilo, seja ele clássico, contemporâneo ou rústico, na hora de decorar a casa sempre surgem as dúvidas: uso cor? Aonde? Como?
É fato que as cores transmitem significados e levam mais vibração ao espaço, mas é preciso saber trabalhar com elas para não fazer do ambiente um verdadeiro Carnaval.

Dona de projetos com pinceladas de cor e com muita harmonia, a arquiteta Lais Arêas sempre aposta nessa estratégia para deixar o ambiente com mais personalidade. “A cor traz muita vida, traz sensações. Você pode mudar completamente um ambiente dependendo da cor que você usa”, contou a profissional.

Sala com base neutra e pontos de cores nos adornos, projetada por Laís Arêas

Para pessoas menos ousadas, uma dica da arquiteta é apostar em uma base mais neutra, como revestimento, marcenaria e estofado. Lais aconselha inserir cores em detalhes. Por exemplo, uma mesa de canto, almofadas, quadros, adornos… São itens que depois você troca facilmente, sem precisar encarar uma obra ou ter um gasto alto.

Mas tudo depende do perfil de cada cliente. Já nessa residência que tem a área social integrada, Laís sugeriu laca azul no armário da cozinha. Mas aí vem a pergunta: Mas vale a pena fazer uma marcenaria colorida? A estratégia da arquiteta, de acordo com o perfil dos clientes, foi trabalhar com a tonalidade de forma menos saturada, ela partiu para um tom mais acinzentado. “Assim a cor fica mais atemporal. Eu sempre tento trabalhar nos móveis fixos, tons que com o tempo não enjoe.”

Cozinha integrada com sala com pontos de cor na marcenaria e almofada. Projeto assinado por Lais Arêas.

Enquanto uns é preciso convencer a usar cor na decoração da casa, outros são declarados apaixonados por ambientes mais coloridos. Pessoas que não abrem mão de um lar vibrante! É o caso dos proprietários deste apartamento localizado na Praia da Costa, em Vila Velha – ES. Um casal jovem que tem uma relação forte com a moda. Nesse projeto da cozinha, Lais conta que o ponto de partida foi o revestimento cimentício aplicado na bancada, uma paixão à primeira vista. Para contrapor, a arquiteta apostou na marcenaria cinza em composição com uma pedra sofisticada e o toque da madeira louro frejó para aquecer o espaço.

Cozinha com base neutra e toque de cor no revestimento. Projeto assinado por Lais Arêas

 

Quem também não abriu mão de um ponto de cor em meio à sala foi uma jovem independente, proprietária deste apartamento em Jardim da Penha, Vitória – ES. As sócias, a arquiteta Letícia Costalonga e a designer de interiores Natália Costalonga, realizaram o pedido da cliente e deram um toque feminino de forma impactante. O imóvel de 100 metros quadrados ganhou muita personalidade com uma estante de laca rosa pink. Ao entrar no imóvel, impossível não perceber a presença do móvel, que se tornou o centro das atenções.

Sala integrada com a varanda com destaque para a estante rosa. Projeto assinado por Costalonga Arquitetura

Quem conhece os projetos das irmãs Costalonga sabe que as cores também estão no DNA delas. Letícia conta que quando o cliente permite, elas não hesitam. “Mas é preciso entender que a cor em si já preenche o espaço, eu não posso fazer ela competir com outros volumes no ambiente. É preciso estudar esse destaque, analisar os ângulos de percepção e composição com outros materiais. Geralmente aplicamos um móvel de cor e as demais paredes ficam mais neutras ou se compõem com cores análogas, cores que vão ficar na mesma nuance.”

*conferir disco de cores ao final da matéria

E se eu enjoar?

Para evitar cair nessa armadilha, uma das primeiras dicas de Laís Arêas é trabalhar com a sua cor preferida. Na dúvida, abra o guarda-roupa. Exercite ali sua sensibilidade e descubra outras cores além do básico preto e branco.

Compartilhando do mesmo pensamento, as sócias Costalonga também alertam para o excesso de determinada cor no ambiente. “Não é porque você elegeu o rosa, por exemplo, que tudo na sua sala será rosa. Nessas horas vale a brincadeira com as cores complementares ou cores análogas, do que ficar insistindo na repetição exagerada do tom.”, disse Letícia.

 

Disco de cores

 

Cores análogas são aquelas que no círculo cromático estão dispostas bem próximas umas das outras. Como mostramos nesse exemplo: duas tonalidades de azul e uma de verde água.

 

 

 

 

Cores complementares são aquelas que se encontram no círculo cromático em posições exatamente opostas. Como mostra nesse exemplo, o verde e vermelho são cores complementares, ou seja, se combinam. Assim como o azul e o amarelo ocre e por aí vai…

 

 

Essas são algumas das regrinhas básicas do disco cromático. Assim fica mais fácil criar combinações harmoniosas e sem medo de errar!

2 Respostas para “Cor na decoração: quando, onde e como usar?

    1. Sensacional né?! Obrigada pelo contato! Continue nos acompanhando! Toda segunda, quarta e sexta temos novidades por aqui! Obrigada pela interação!

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