Um espaço amplo, aberto para discussões, propício para interações positivas e favorável para criação de soluções inovadoras. Esta é um novo conceito de arquitetura corporativa, que está sendo adotado por start-ups e empresas que buscam inovar ou se renovar.
No Espírito Santo, todos estes aspectos – e outros mais – estão expressos na Base 27, um Hub de inovação de empresas de engenharia e construção civil do Estado, construído em Vitória. O projeto foi campeão na categoria interiores e design no prêmio Instituto de Arquitetos do Espírito Santo (IAB-ES) de 2021.
Para quem ainda não conhece, Hubs são espaços onde empresas e startups atuam e desenvolvem suas atividades de forma mais fluida e criativa. O ambiente é promissor para networking por projetar visibilidade ante a outras empresas, clientes e investidores.
Segundo Otávio de Castro, arquiteto e CEO da OGA Arquitetura, responsável pelo projeto, a demanda do cliente era de agregar grupos maiores para discutir soluções de inovação das empresas e isolar uma área mais privativa para trabalhos diários de gestão.
“Neste sentido, adotamos um dimensionamento de um espaço amplo em que as pessoas pudessem criar soluções e desenvolver projetos de uma maneira mais solta, sem amarras comumente utilizados pelos espaços corporativos. Por isso, desenvolvemos um banco com traço orgânico que abraço o ambiente, dando vários possibilidades de layout, além de lounges pré-definidos.”
O projeto possui conceito mais voltado aos símbolos da arquitetura brutalista e minimalista com a união de mobiliários com mobilidade e leveza.
São 900m² de área com mesas dedicadas para equipes de inovação vinculado a um coworking, salas de reunião e refeitório. O espaço foi projetado para utilização integral, as áreas de trabalho todos os locais permeiam entre as mesas, arquibancadas, sofás e puffs.
A nova proposta para ambientes corporativos traz uma nova perspectiva sobre ações e estratégias empresariais.
Otávio crê que os espaços de inovação buscam tirar as pessoas das soluções convencionais aos problemas das empresas. “Portanto trazer uma arquitetura disruptiva e mais humana, onde as pessoas podem deitar, sentar no tapete, escrever em vários lugares, desenhar nos painéis, traz um avanço aos espaços corporativos e garante boas soluções para o crescimento dos negócios.”
O arquiteto ainda defende que soluções que saem dos materiais convencionais acarretam em oportunidades de contribuir com espaços mais humanos e criativos.
“Integrar ambiente também integra projetos, conversas, planos, ideias, novidades, criações… Quanto mais buscarmos espaços corporativos disruptivos, mais projetos de boa qualidade teremos. É sempre bom pensar que os projetos voltados ao desenvolvimento de pessoas se deve às pessoas, às ideais e à inclusão”, afirma Otávio de Castro.