Já pensou em viver em uma casa onde é possível sentir as ondulações da água e apreciar bem de perto o som da natureza? Não estou falando de morar em barcos, mas sim em residências flutuantes!
São construções com plantas semelhantes às tradicionais, edificadas em terra firme. A diferença é que a estrutura é projetada para flutuar – e até navegar – sobre a água, proporcionando todo o conforto de uma casa, mas com os benefícios de estar em uma lagoa, represa, rio, praia…
Na casa flutuante, essa imersão na natureza promove aquela sensação de relaxamento que é muito bem vinda em meio à rotina contemporânea.
Com o crescente interesse das famílias por um estilo de vida com mais qualidade, novos conceitos de moradia têm se destacado, assim como novos formatos de construções, incluindo as residências flutuantes.
Luciano Gualtieri, CEO da Floating Living, empresa que especializada nesse tipo de projetos, explica que esse novo conceito de moradia representa um novo estilo de vida para quem quer sair das habitações da cidade grande e viver em harmonia com a natureza.
“Em alguns países, já encontramos este tipo de projeto, principalmente em pousadas e resorts, e com o surgimento de novos materiais que permitem ousar cada vez mais, com sistemas de automação, placas solares, sistema de tratamento de esgoto. Isso permite comodidade, economia, conscientização global, sustentabilidade e, principalmente, liberdade.”
Ele cita Dubai, Maldivas e Taiti como algumas das localidades.
“As casas flutuantes são bem comuns na Holanda. Hoje em dia são mais de 25 mil residências”, destaca Luciano. Mas aqui no Brasil, a demanda ainda é tímida. “Existem casas na região norte, porém são casas ribeirinhas, sem infraestrutura adequada e sem documentação necessária para a existência.”
Com o projeto bem estruturado, existem dois modelos prontos em duas represas no interior de São Paulo, além de outro que se destaca: Uma pousada flutuante em Goiás, com um projeto inovador que atinge um público A/A+, com fino acabamento e alto luxo.
Outras localidades já demonstram interesse nesse modelo de moradia. “A Float Living já despertou interesse em vários locais no Brasil, como Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Barra Grande, entre outros”, acrescenta Luciano.
Para ter uma casa flutuante, é necessário ter inscrição e registro na Capitania dos Portos, vistoria da Marinha do Brasil e de órgãos de Meio Ambiente e do local onde será aportada.
“A casa vem com sistema de navegação e é equipada com 2 motores de popa de 90hp (cada), ideal para manobras e navegação em baixa velocidade, apropriada para locais abrigados”, explica Gualtiere. Portanto, pode navegar e ser deslocada, desde que atenda certas burocracias para o transporte e locomoção.
Veja um projeto de casa flutuante
“A casa é um sistema modular, o que possibilita que o cliente construa a sua de acordo com a necessidade. Mas, em se tratando do protótipo oferecido no projeto, esta vem com sala e cozinha integrada, dois quartos com camas de casal, banheiro reversível, área técnica, rooftop e um deck de 360º ao redor da área física”, pontua Luciano Gualtieri.
Excelente alternativa para um mundo mais sustentável!!
Uma ótima maneira de morar ou passar um tempo integrado a natureza, poder mudar-se eventualmente levando a casa consigo e acredito ser também uma boa solução para locais que podem ficar alagados em determinadas épocas do ano. Parabéns pelo projeto!
É sucesso certo. A procura por qualidade de vida tem sido uma constante nas expectativas das pessoas. Parabéns, Luciano! Desta forma vc eleva o patamar da arquitetura!