O terceiro setor surge ancorado em dois preceitos.
De um lado, o desejo de pessoas e grupos de participarem da vida cívica, de fazer o bem e de ajudar a definir caminhos e ações voltadas para a melhoria de vida da população.
De outro, a necessidade, já que o próprio poder público tem se mostrado incapaz de suprir as demandas sociais, principalmente quando parece mais focado no custeio da própria máquina.
Em um país de dimensões como o Brasil, de desigualdades não só econômicas mas, principalmente, de oportunidades, o terceiro setor floresce e passa a ter um caráter imprescindível na construção de uma sociedade mais justa.
Para tanto, dois pontos são fundamentais: primeiro, a defesa do Estado Democrático de Direito, sem o qual não há participação coletiva, esteio da própria existência do terceiro setor; segundo, cada vez mais empresas e pessoas se darem conta da própria responsabilidade social, sendo que o conceito está para além da geração de riquezas, resultado da atividade econômica.
Além de recursos financeiros, o setor produtivo tem a oferecer expertise desenvolvida ao longo dos anos, para que o terceiro setor aprimore as atividades, mensure resultados obtidos, trabalhe com transparência e seja capaz de atrair cada vez mais parceiros, inclusive voluntários, num ciclo virtuoso.
É possível? Sim, há diversos casos de sucesso.
Há cinco anos o Grupo Buaiz, com a participação da Rede Vitória, criou o Instituto Americo Buaiz, que tem a missão de promover e dar visibilidade para organizações não governamentais que desenvolvem trabalhos sociais em diversas áreas no Espírito Santo.
Em curto espaço de tempo percebemos o quanto contribuímos com instituições já constituídas – queremos em 2022 aumentar as parcerias – e a dimensão humana que as empresas tomam ao participar deste processo do terceiro setor.
A sociedade necessita que mais empresas e pessoas se envolvam.
Faz bem e é necessário!