Fato é que o fim da obrigatoriedade corrobora o que já acontecia na prática.
O debate se volta agora para a manutenção da regra em locais fechados.
O Estado do Rio de Janeiro facultou a decisão aos municípios. Com isso, a cidade do Rio, por exemplo, pôs fim a exigência na semana passada. Lá, a taxa de transmissão — ritmo de contágio (RT) — está nos mesmos patamares que aqui, 0,3.
Mais de 80% da população acima de 12 anos já tomou a primeira e segunda doses contra a covid. Diante desses números, a prefeitura flexibilizou também o uso de máscaras nas escolas.
Por aqui, o índice de vacinação da população total com as duas doses é de 78%. Nos municípios classificados como risco baixo, a Secretaria de Saúde decidiu manter a exigência para os locais fechados e ainda não abriu debate para flexibilizar a medida nas escolas.
Apenas aqueles em risco muito baixo, onde o índice de vacinação já superou 80% da população adulta e 90% da população entre 12 e 17 anos, o governo liberou o uso de máscaras em locais fechados, inclusive nas escolas.
A posição do governo do Espírito Santo não tem sido muito diferente dos outros dois estados da região sudeste.
No sábado, o governo mineiro já sinalizou que ao atingir o patamar de 80% de vacinados e 70% da população com a dose de reforço vai desobrigar o uso de máscaras em locais fechados.
São Paulo também deve trilhar esse mesmo caminho na próxima semana.
Mas nem um, nem outro definiu como ou quando vai desobrigar o uso de máscaras em sala de aula ainda que todos acenem para esta possibilidade.
O que esperamos é que o governo do Espírito Santo siga tomando medidas de acordo com a ciência, sem deixar de avaliar medidas implementadas por outros estados e outros países que sinalizem de maneira mais objetiva e sem excessos a volta da normalidade.