A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade, triste realidade.
Mudar o cenário envolve ações em diversas áreas, de maneira sistêmica e integrada.
É preciso sim responsabilizar os agressores e puni-los, mas também é preciso não banalizar a violência, não permitir a normalização, desenvolver a consciência que proteger é responsabilidade de todos e que cada um deve denunciar quando suspeita de algo.
É necessário capacitar os profissionais que trabalham com crianças e adolescentes para identificar sinais de agressão e investir no conhecimento de meninos e meninas sobre os próprios direitos.
É fundamental falar sobre o problema, como temos feito aqui na Rede Vitória em parceria com o Instituto Americo Buaiz, na campanha Maio Laranja.
A agressão sexual é um crime que na maior parte das vezes acontece dentro de casa e o agressor é conhecido.
Por isso, as vítimas se calam ou demoram a relatar.
Na semana passada, no Espírito Santo, dois suspeitos foram presos. Um deles era tio das vítimas. Por três anos ele teria agredido sexualmente as sobrinhas.
Por medo, por vergonha, por não entender a própria agressão, em casos assim as vítimas se calam ou demoram a relatar.
Em um levantamento da Unicef em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre 2016 e 2020, 180 mil crianças e adolescentes sofreram violência sexual no Brasil.
Não dá mais para silenciar.
Eu, você, todos nós devemos falar por elas e agir.