A exoneração do Secretário de Cultura de Vitória, Luciano Gagno, é um alento para aqueles que defendem a diversidade e a pluralidade de vozes, esteio primeiro dos regimes democráticos. O Prefeito Lorenzo Pazolini agiu rápido e, dessa maneira, reafirmou a missão do poder público em promover debates e ações que desenvolvam a capacidade do ser humano em respeitar as diferenças.
Não se trata, pois, de concordar ou não com essa ou aquela bandeira, mas sim, de proporcionar um ambiente onde todos sejam tratados de maneira equânime, como apregoa a Constituição brasileira, no Artigo três, inciso 4: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outra formas de discriminação.
Portanto, negar apoio a um evento relacionado a comunidade LGBTQIA+ sobre o argumento de que a gestão municipal não pode se comprometer com esse tipo de temática é o mesmo que dizer que uma parcela da população capixaba não merece atenção. Fosse assim, eventos como a parada gay, realizada em uma centena de países pelo mundo, não arrastariam multidões.
É legítimo que cada governo, em seu tempo, desenvolva políticas públicas mais alinhadas com esse ou aquele viés ideológico e que, portanto, a alocação de recursos financeiros siga uma lógica. Mas isso não significa, em hipótese alguma, excluir grupos sociais.
Não tolerar a discriminação, respeitar e conviver com as diferenças, devem ser bandeiras de todos nós!