O eleitor passou a ter mais clareza da movimentação das forças políticas do Estado após as convenções partidárias realizadas no último final de semana. Momento importante, já que expõe os acordos feitos até aqui e com quem cada um estará, além, principalmente, do que cada um abriu mão em nome de um grupo ou um projeto político.
Superada essa questão, digamos, mais “burocrática”, o importante agora é conhecer e entender as propostas que serão apresentadas pelos candidatos aos cargos de Governador, Senador, Deputados Federais e Estaduais.
No entanto, pelo que se avizinha, há uma chance considerável da campanha eleitoral descambar para uma sequência de ataques pessoais e de argumentos falaciosos, que nada contribuem, pelo contrário, esvaziam e desconstroem a importância da política e do papel fundamental que cada um desses cargos tem, inclusive como sustentáculo de um regime democrático.
Adversários são necessários, inimigos não.
É imprescindível que os próprios candidatos desestimulem qualquer outro tipo de confronto que não seja no campo das ideias.
E é justamente aí que a sociedade civil organizada pode e deve contribuir com o debate. As associações de classe, por exemplo, têm o dever de participar ativamente e colocar no centro das discussões as questões estruturantes para o desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo.
É absolutamente necessário um debate mais aprofundado e mais comprometido com soluções, inclusive inovadoras.
Da política, o eleitor espera resultados que melhorem a vida dele e da comunidade em que vive.