Alguns fatos nos fazem reviver tragédias e nos lembram que todo cuidado é pouco.
Há três anos, em Suzano, na Grande São Paulo, dois jovens invadiram uma escola e mataram oito pessoas. Outras nove ficaram feridas.
Em 2011, em uma escola municipal em Realengo, no Rio de Janeiro, um atirador matou doze estudantes e feriu 18 pessoas.
Na última sexta-feira (19), quando uma escola em Jardim da Penha, Vitória, foi invadida por um ex-aluno armado com arco e flecha, facas e bombas caseiras, era inevitável não lembrar desses dois casos que marcaram o Brasil e de tantos outros acontecimentos, principalmente nos Estados Unidos. Lá, diferentemente daqui, esse tipo de crime acontece com mais frequência, inclusive pela maior facilidade de acesso a armas de fogo.
No caso de Jardim da Penha, felizmente, o desfecho foi positivo.
Uma moradora viu certa confusão na porta da escola e acionou a polícia, que chegou rapidamente.
Um professor de educação física conseguiu dominar o rapaz, ajudado por um policial, que estava de folga, mas também mora perto da escola e percebeu que algo estava acontecendo.
O envolvimento da comunidade foi determinante e deixa um alerta: a segurança nas escolas requer atenção de todos, e a política de policiamento comunitário, que cria laços mais estreitos entre a comunidade e as forças de segurança, pode diminuir o tempo de resposta à um chamado e, com isso, evitar o crime.
Por outro lado, isso não elimina a importância de intensificar o trabalho de inteligência para detectar ameaças e evitar qualquer tipo de ação que coloque em risco a população escolar.